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Falar do burnout durante a pandemia, como tratar e trazer dados estatísticos

Cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança… Esses são alguns sintomas da Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento.

Trata-se de um distúrbio emocional causado por situações de trabalho desgastantes, que exigem muita competitividade ou responsabilidade. Profissionais da área da saúde, pessoas que exercem responsabilidades de gestão tanto de pessoas como de projetos e processos, como: gestores, empresários, profissionais autônomos, costumam desenvolvê-la.

Qual a relação da pandemia da Covid-19 com a Síndrome de Burnout?

A pandemia do novo coronavírus transformou a organização da sociedade em várias áreas. Na tentativa de conter a disseminação da doença, muitas casas tornaram-se escritórios, causando um desequilíbrio entre os limites da vida pessoal e profissional, o que refletiu negativamente na saúde mental de muitas pessoas.

Além disso, a pandemia elevou o número de desemprego, aumentando a preocupação das pessoas com seu futuro profissional. A distância entre o empregado e o chefe também aumentou a insegurança sobre a qualidade do serviço prestado.

Esse novo cenário um pouco caótico criou um ambiente propício para que as pessoas desenvolvessem a Síndrome de Burnout. Segundo informações da plataforma de orientação psicológica online, Zenklub, as menções a esse transtorno psicológico aumentaram 42% nas sessões de terapia online no primeiro trimestre de 2021. Ainda mais, uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma), em 2019, mostrou que a Síndrome de Burnout atingiu 32% dos trabalhadores brasileiros, o que equivale a 33 milhões de pessoas.

Isso acontece, principalmente, devido, a preocupação em manter o emprego, que empurra o trabalhador para a Síndrome de Burnout. A pessoa passa a trabalhar mais intensamente buscando produzir além dos seus limites, fica mais cansada e rende menos, já que está doente.

Infelizmente, a pandemia fez que com muitas pessoas passassem por essas três fases:

1 – Aumento brusco de produtividade: o indivíduo passa cada vez mais tempo trabalhando.
2 – Surgem os fatores ansiosos: taquicardia, falta de ar e insônia.
3 – Exaustão total: a pessoa acaba ficando cada vez mais cansada, já que a rotina estressante do trabalho não muda.

Como tratar a Síndrome de Burnout?

O tratamento desse distúrbio emocional é feito por meio da psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Os resultados começam a ser perceptíveis, em geral, entre um e três meses, porém pode durar por mais tempo, a depender de cada caso.

Porém, a parte mais importante do tratamento é a mudança no estilo de vida. É preciso passar por uma transformação nas condições de trabalho e adquirir hábitos saudáveis. Aliás, a prática regular de atividades físicas e exercícios de relaxamento também devem fazer parte da rotina do cliente.

Após o diagnóstico médico, é importante também que a pessoa tire férias e se dedique a atividades de lazer com pessoas próximas.

Síndrome de Burnout: é possível prevenir?

A melhor maneira de prevenir a Síndrome do Esgotamento é por meio de estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho e não abrir mão dos momentos de descanso e lazer e das boas noites de sono.

Outras dicas importates:

Participe de atividades de lazer com a família e amigos;
Evite o consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas;
Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.
A Síndrome de Burnout é um problema sério, capaz de alterar toda a sua qualidade de vida. Portanto, em caso de sintomas, não demore a procurar ajuda profissional.