Sobre aqueles que vivem um relacionamento saudável
Sabemos que existem sim casais saudáveis, que convivem harmoniosamente com muito amor e respeito em seu relacionamento. Esses casais estão por aí, se esforçando juntos, crescendo e aprendendo mais a cada dia com a própria história. São casais perfeitos? Não, mas são casais amigos, cúmplices, onde a troca, a compreensão e o prazer em estar juntos é maior que tudo.
Algumas pessoas desenvolvem características que as fazem cultivar esses tipos de relacionamentos. Essa características são fundamentais para garantir a saúde afetiva do casal. Sugestões feitas por Walter Riso no livro “Para não morrer de amor”, nos ajudam a refletir sobre a forma de funcionamento dessas pessoas.
As pessoas que conseguem manter relacionamentos saudáveis por um longo período de tempo, costumam ter em mente que se não são admiradas, escutam sempre palavras dolorosas, ou não são motivo de orgulho, seu parceiro NÃO as ama verdadeiramente. Por isso, não permanecem nem insistem naquilo que deveria ser natural e não é.
Outra característica fundamental é compreender que, se amar implica perder a liberdade básica de sentir e pensar por sua conta, você está sendo dominado ou está preso. Nenhuma dessas opções é suportável para quem tem amor próprio. Geralmente, essas pessoas tem internalizado que o primeiro amor é sempre o amor próprio. Se o amor o obriga a involuir de alguma forma, não é amor. Compreensão, apoio e motivação nas medidas certas fazem toda a diferença, e as pessoas com relacionamentos maduros sabem disso.
Para o amor saudável não existe autopunição, e nunca é preciso padecer pela pessoa amada, mas sim usufruir da sua companhia, suas habilidades, seu humor, e tudo mais que o outro é. Não adianta se relacionar com pessoas que adoçam seus ouvidos e amargam sua vida. Você pode até escutar o que você quer ouvir, mas se aquilo não é compatível com o que você vive no dia-a-dia, não se demore, siga sua vida e procure outro caminho.
A última característica que gostaríamos de dividir com você, é a consciência de que perdoar não é ter amnesia e esquecer os erros, mas aprender a recordar sem dor. Isso não se consegue por que você quer ou o por que outro exige, pois perdoar requer paciência e aprendizado.
Busque ajuda sempre que perceber que está preso aos sentimentos de mágoa, injustiça ou tristeza. Aqueles que amam de uma forma saudável, não se permitem prolongar o próprio sofrimento.