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Breve diálogo sobre autoconhecimento

O processo de autoconhecimento não é fácil, e nem sempre é cheio de alegrias e vitórias. Se você realmente escolheu o caminho do autoconhecimento, gostaríamos de pedir que você se prepare para aprender a cair e levantar, a presenciar ganhos e perdas dentro de você acontecendo ao mesmo tempo, sem que você tenha tempo para lidar com todos os aspectos que isso trará a você.

Em um processo de autoconhecimento, você certamente avançará em alguns aspectos, amadurecerá em algumas coisas e permanecerá imaturo para outras por algum tempo. Nesse momento, você agirá como criança fazendo birra, recorrerá às distorções cognitivas que sustentaram suas crenças, reagirá à situações e culpará os outros pela sua dor. Você poderá ainda atacar aqueles que mais ama enquanto tenta fugir de si mesmo, e tudo isso é perfeitamente normal e esperado quando você estiver amadurecendo e reconhecendo sua personalidade.

Com o processo de autoconhecimento, você terá um mix de grandes emoções: tristeza, raiva, angústia, alegria, amor, ódio, e terá uma verdadeira montanha russa de emoções, que permitirão que você aprenda a lidar com o mundo, os outros e tudo aquilo que cerca você. Você verá que o sentimento de gratidão e felicidade com suas descobertas serão fortes e reais, e isso o motivará a continuar, por mais chateado que esteja com suas próprias inconstâncias, afinal, isso também faz parte de você.

Você está se descobrindo, se percebendo e aprendendo a lidar com você mesmo, seus defeitos, qualidades, potencialidades e tudo aquilo que cerca você e funciona para o seu mundo interior. É um processo longo, às vezes doloroso, mas SEMPRE cheio de autorrealização, paz interior, liberdade pessoal e saúde emocional e física.

O processo de terapia é um importante mecanismo científico para auxiliar você a desenvolver seu autoconhecimento. Busque auxílio profissional para alcançar os mais altos voos com muito autoconhecimento, amor próprio e alegria.

Como nossos pensamentos influenciam nossos comportamentos?

Antes de tudo é preciso explicar que a percepção e a maneira de interpretar uma situação esta absolutamente ligada às respostas emocionais de cada ser humano.  Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) as nossas emoções e nossos comportamentos são influenciados diretamente pela forma como interpretamos as situação e os pensamentos que temos a respeito dela e não apenas da situação isolada.  Esses pensamentos estão correlacionados aos tipos de crenças que cada indivíduo desenvolve desde a infância.

Mas o que são as crenças que cada um de nós internaliza ao longo da vida?

Ainda durante a infância nós começamos a desenvolver nossas crenças que são interpretações, ideias e esquemas sobre nós mesmos, o outro e o mundo em geral. Estas crenças configuram a forma que a criança tem de dar sentido ao seu mundo e ao ambiente em que está inserido. Elas costumam ser compreendidas de forma tão profunda que o indivíduo não consegue refletir sobre elas e acaba acreditando nelas como se fossem verdades absolutas e esquece-se de questiona-las, costumam aparecer com aquelas falas “sempre foi assim” ou “eu sempre fui assim”.

São essas formas de pensar e compreender o mundo que fazem com que cada ser humano tenha uma história de vida única, com aspectos íntimos e completamente diferentes de outras pessoas, inclusive daquelas que dividem com o indivíduo as mesmas situações. É a partir dessas interpretações e crenças que surgem às distorções cognitivas e esses três aspectos juntos forma a Tríade cognitiva.

É através da Tríada Cognitiva que a TCC trabalha os padrões de aprendizagem ligados às formas que consideram a si mesmo, suas expectativas e o futuro de uma forma extremamente pessoal, com tudo isso podemos compreender que o comportamento humano está diretamente influenciado por esta tríade, ou seja, interpretações muito negativas de si mesmo geram comportamentos auto-depreciativos, deprimentes, de baixa-estima e muitas vezes patológico, etc.

Mas como lidar com esses pensamentos?

Aqui vão cinco dicas básicas e simples para você colocar em prática, sempre que perceber a frequência de pensamentos e comportamentos disfuncionais para sua realidade diária;

1 – Registre seus pensamentos recorrentes diariamente.

2 – Faça uma lista de gratidão

3 – Exercite-se.

4 – Medite

5 – Faça terapia com um profissional especializado.

Lembre-se: Nem tudo o que você pensa e interpreta é real e elas influenciam diretamente seu comportamento.