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Como nossos pensamentos influenciam nossos comportamentos?

Antes de tudo é preciso explicar que a percepção e a maneira de interpretar uma situação esta absolutamente ligada às respostas emocionais de cada ser humano.  Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) as nossas emoções e nossos comportamentos são influenciados diretamente pela forma como interpretamos as situação e os pensamentos que temos a respeito dela e não apenas da situação isolada.  Esses pensamentos estão correlacionados aos tipos de crenças que cada indivíduo desenvolve desde a infância.

Mas o que são as crenças que cada um de nós internaliza ao longo da vida?

Ainda durante a infância nós começamos a desenvolver nossas crenças que são interpretações, ideias e esquemas sobre nós mesmos, o outro e o mundo em geral. Estas crenças configuram a forma que a criança tem de dar sentido ao seu mundo e ao ambiente em que está inserido. Elas costumam ser compreendidas de forma tão profunda que o indivíduo não consegue refletir sobre elas e acaba acreditando nelas como se fossem verdades absolutas e esquece-se de questiona-las, costumam aparecer com aquelas falas “sempre foi assim” ou “eu sempre fui assim”.

São essas formas de pensar e compreender o mundo que fazem com que cada ser humano tenha uma história de vida única, com aspectos íntimos e completamente diferentes de outras pessoas, inclusive daquelas que dividem com o indivíduo as mesmas situações. É a partir dessas interpretações e crenças que surgem às distorções cognitivas e esses três aspectos juntos forma a Tríade cognitiva.

É através da Tríada Cognitiva que a TCC trabalha os padrões de aprendizagem ligados às formas que consideram a si mesmo, suas expectativas e o futuro de uma forma extremamente pessoal, com tudo isso podemos compreender que o comportamento humano está diretamente influenciado por esta tríade, ou seja, interpretações muito negativas de si mesmo geram comportamentos auto-depreciativos, deprimentes, de baixa-estima e muitas vezes patológico, etc.

Mas como lidar com esses pensamentos?

Aqui vão cinco dicas básicas e simples para você colocar em prática, sempre que perceber a frequência de pensamentos e comportamentos disfuncionais para sua realidade diária;

1 – Registre seus pensamentos recorrentes diariamente.

2 – Faça uma lista de gratidão

3 – Exercite-se.

4 – Medite

5 – Faça terapia com um profissional especializado.

Lembre-se: Nem tudo o que você pensa e interpreta é real e elas influenciam diretamente seu comportamento.

Você sabe quais são suas emoções básicas?

Ter emoções básicas independe de idade, gênero, raça ou classe social, todo ser humano em algum momento da vida sente emoção, principalmente porque as emoções demonstram como nos sentimos diante de determinadas situações, o que as torna fundamentais para o autoconhecimento e desenvolvimento do indivíduo.

Sobre as emoções é importante saber que todas são necessárias para e evolução da espécie humana e que, além disso, não existe emoção ruim, todas elas são fundamentais mesmo as mais desconfortáveis para nosso amadurecimento pessoal e profissional, elas tem seu papel e são essenciais em nossas vidas.

Você sabe quais são as emoções básicas para o ser humano?

De acordo com o médico e psiquiatra Eric Berne um dos precursores da teoria analítica, o ser humano apresenta cinco emoções básicas. São elas:

1 – Tristeza

A tristeza pode estar ligada à condição de vida ou à perda real de algo ou alguém e geralmente significa que algum aspecto interno precisa ser cuidado e resinificado, para que seja mantido o equilíbrio emocional do individuo.

Aspectos da tristeza: Desgostoso, Depressivo, Entediado, Solitário, Ferido, Desolado, Cansado, Retraído, Deprimido, Melancólico, Nostálgico.

2 – Medo

Um sentimento instintivo que demonstra o desejo de proteger-se contra possíveis perigos, podendo ocorrer em diferentes escalas e estímulos. Muitas pessoas consideram o medo um defeito, mas é importante lembrar que o medo é fundamental para nós porque nos ensina a exercer a autopreservação, contribuindo para a evolução da espécie humana desde os primórdios da humanidade.

Aspectos do medo: Angústia, preocupação, timidez, constrangimento, vergonha, pânico, pavor, etc.

3 – Raiva

Emoção capaz de levar o sujeito a agir de forma agressiva, em forma comportamentos de ataque ou defesa, sendo capaz de aumentar momentaneamente sua força física. Geralmente surge de forma natural quando o individuo interpreta uma situação como injusta ou uma ameaça à vida, consigo mesmo ou com o outro.

Aspectos da raiva: Incomodo, fúria, ressentimento, incômodo, ódio, revolta, agressividade, decepção, frustração, indignação, hostilidade, decepção e ciúme, etc.

4 – Alegria

A alegria se caracteriza por sentimento de bem-estar e prazer com diferentes intensidades, geralmente associados e situações de conquistas, realizações, relações saudáveis, equilíbrio emocional. Esta diretamente ligada à autoestima, força interna e o foco em objetivos pessoais e profissionais.

Aspectos da alegria: Satisfação pessoal, prazer, alívio, animação, ilusão, interesse, euforia, esperança, etc.

5 – Afeto

É a emoção que surge ao vivenciar relações saudáveis, sejam elas amoras ou fraternas com familiares e amigos, é diretamente relacionado ao carinho, a proteção, cuidado e o amor. Sentimento ligado ao desejo, influente nas relações sexuais, fundamental para a reprodução da espécie humana e sua existência no mundo.

FACETAS DO AFETO: Esperança, amor, paixão, curiosidade, enternecido, comoção, malícia, saudade, desejo, sexo.

 

Nove sinais de que sua ansiedade pode precisar de cuidados.

A ansiedade é um acompanhante presente ao longo de toda à evolução da espécie humana, ela é uma resposta habitual do ser humano e está presente até hoje porque possui uma função adaptativa fundamental para o desenvolvimento do ser humano. A sensação de ansiedade é capaz de preparar o sujeito para que situações que podem ser de risco para o individuo, sejam eles riscos físicos ou psicológicos.

É a ansiedade quem prepara o corpo humano com a reação cientifica conhecida como “sistema de luta ou fuga”, ela prepara o sujeito para caso exista um perigo real ele seja capaz de se defender ou evitar um aumento do risco já existente. Se o indivíduo é capaz de se preparar para as situações de risco, a sua chance real de defesa é muito maior, reduzindo assim os efeitos negativos dessas situações.

Podemos dar como exemplo de ansiedade positiva, quando pensamos, por exemplo, num empresário que precisa apresentar um grande projeto para sua empresa e durante meses estuda e se prepara de todas as formas para esta apresentação. A ansiedade faz com que ele se dedique na preparação do trabalho, com o objetivo de evitar um risco (no caso, uma má apresentação e consequentemente um prejuízo significativo para a empresa). Se preparar para a situação não garante que o sucesso seja alcançado, mas, reduzir as chances de não ser um grande fracasso, isso mostra que a ansiedade não é uma condição negativa.

A psiquiatria nos diz que a ansiedade em níveis saudáveis auxilia e prepara o indivíduo, aumentando suas possibilidades de sucesso, até atingir um ponto onde a ansiedade passa a ser associada a prejuízos ao invés de sucesso alterando o comportamento do sujeito e afetando de forma negativa sua vida.

É tênue a linha que divide a ansiedade normal da ansiedade patológica, sendo quase impossível precisa-la, o que se sabe é que a ansiedade patológica costuma ser uma resposta inadequada em sua intensidade e duração, podendo provocar distorções e confusões de tempo e espaço. Em resumo é possível dizer que a ansiedade é um estado emocional e quando se torna patológica ela costuma apresentar realções emocionais de preocupação, medo persistente, cansaço mental, além de sintomas físicos como, palpitações, tremores, dores de cabeça, insónia, entre outros.

São sinais de que sua ansiedade pode precisar de cuidados:

1 – Insônia: Dificuldades para iniciar ou manter o sono e despertares muito mais cedo que do habitual podem demonstrar alguma alteração emocional.

2 – Irritabilidade: Costuma ser uma característica comum em quem sofre com ansiedade em um grau elevado, aparecendo geralmente em forma de agressividade.

3 – Falta de concentração: Manter-se concentrado para o ansioso pode se tornar tarefa difícil na grande maioria das vezes, porque o indivíduo costuma voltar toda sua atenção para o que considera seu o grande problema.

4 – Preocupação excessiva: elas podem torna-se grandes a ponto de paralisar o sujeito ao invés de estimula-lo a resolução de problemas.

5 – Falta de ar: enjoos e dores de barriga: Quando sem motivos aparentes, costumam ser comuns em pessoas com ansiedade.

6 – Lembranças ruins persistentes: Relembrar situações ruins do passado, levando á reviver os sentimentos novamente e consequentemente levar ao sofrimento emocional.

7 – Dores musculares: Pessoas com ansiedade costumam tencionar toda a musculatura do corpo, gerando dores que normalmente não são justificadas pela medicina tradicional.

Se todos esses sinais se fazem presentes de forma constante e persistente em sua rotina diária, trazendo estresse e sofrimento, talvez seja a hora de buscar ajuda especializada de um psicólogo capaz de reduzir sua ansiedade. Transtorno de ansiedade tem tratamento e você pode voltar a ter uma fida perfeitamente normal.