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Não idealize a pessoa amada, evite distorcer a realidade em razão do amor

Você pode idealizar a pessoa amada de diversas formas: você pode mentir para os outros, mentir para si mesmo e pode aumentar ou diminuir características. Você pode inventar praticamente tudo o que quiser diante de um parceiro, e até se apaixonar pela imagem que cria. A nossa experiência na prática nos mostra que todos os apaixonados criam de alguma forma seu parceiro, e a sua parte racional ama o parceiro real, e seu lado idealista se apaixona por aquela pessoa que foi idealizada.

Ver seu parceiro como ele é, de forma nua e crua, requer coragem. Quando limpamos a imagem que criamos e passamos a conviver com a realidade, às vezes não gostamos do que vemos. Se isso acontecer com você, talvez seja melhor repensar a relação, porque você pode estar com a pessoa errada.

Não estamos dizendo que tudo em seu par deve ser compatível e igual ao que você gostaria, mas que é preciso fazer sempre um contato verdadeiro, sem maquiagens ou sem camuflagens, e aí sim decidir se quer se relacionar ou não com essa pessoa. Seja capaz de amar o que o outro é, e não o que você gostaria que ele fosse.

Nos consultórios vemos casos onde o parceiro idealiza o outro como uma forma de se sentir melhor com ele mesmo, e usam o outro como fonte de admiração e crescimento pessoal, como uma conquista, um troféu a ser mostrado. Não queremos dizer que você deve ser insensível às qualidade da pessoa que ama, mas uma coisa é admirar, outra é idolatrar com fins lucrativos. Acredite, isso ainda existe.

Vamos contar para você as quatro formas mais comum de idealização amorosa que vemos em nossos consultórios, e com a ajuda do autor Walter Riso, vamos descrever para que você seja capaz de reconhecê-las e aprenda a lidar com elas da melhor maneira possível. Nosso objetivo é desenvolver o seu autoconhecimento para depois você poder conhecer o outro e ser capaz de amá-lo como ele verdadeiramente é.

1 – Cegueira amorosa ou ignorar o mau o que outro lhe faz

Muitas pessoas amam a parte do outro que convém a elas ou que as afeta menos. Muitas vezes em nossos consultórios, vemos pessoas que ignoram os defeitos dos outros, mesmo que esses defeitos tragam a elas consequências diretas, como o paciente que ignora a cleptomania da esposa, ou a esposa que ignora o vício em jogos do marido que a faz perder todo dinheiro deles, ou mãe que tenta não ver o uso de drogas do filho. Uma coisa é ficarmos obcecados pelos defeitos de quem amamos, outra coisa é ignorarmos porque não queremos lidar com eles.

Essa é uma tática muito usada quando não queremos ou achamos que não podemos lidar com a realidade dos fatos, como se assim o risco das consequências fossem menores. Infelizmente, temos que dizer que em algum momento esses defeitos vão trazer a você consequências, e você não vai ter como não enfrentá-las por mais difíceis que sejam. Então, esteja atento aos defeitos do outro e perceba em você se quer, pode e consegue lidar com eles.

2 – Exagerar ao enxergar o lado bom do outro

Exagerar e maximizar o que o outro faz de bom, parabenizar os bons comportamentos mesmo que os maus sejam MUITO mais frequentes. O hábito em elogiar se torna tão frequente que as qualidades do outro são sempre elevadas a um nível que o leva a acreditar, e passa a realmente existir no relacionamento um jogo de mentiras onde os dois acreditam.

Se todos os dias você for elogiado e tratado como um deus, vai acabar acreditando que o outro tem razão, e vai acabar acreditando “Porque não? Afinal, não sou tão mal assim”. Em consequência, a pessoa vai agir como tal.

Se o seu parceiro elogia você, acha você a pessoa mais inteligente, bonita e sexy do mundo, se sinta lisonjeada e feliz, mas não se engane levando tudo ao pé da letra. Existem muitas opiniões no mundo, nem tudo que ele diz sobre você é a verdade absoluta para o resto do mundo.

3 – Minimizar os problemas ou “Não é isso tudo o que parece”

Algumas pessoas tentam se esconder da realidade e não encarar os defeitos do outro de frente, mas inevitavelmente para todos chega uma hora em que não é mais possível esconder e fazer de conta que não está vendo. Nessa hora, é usada a distorção cognitiva de minimizar as coisas e fazer de conta que não são tão graves quando parecem ser. Um exemplo que posso dar é o de um paciente cuja esposa tinha crises de raiva e algumas vezes chegou a agredí-lo fisicamente. Neste caso, o paciente se recusava a enxergar os abusos que sofria na relação, e não conseguia enxergar a esposa como uma agressora mal intencionada, e sim uma mulher com algum desequilíbrio.

Nesses casos precisamos fortalecer nossa autonomia, assertividade e amor próprio em nós mesmos, para que sejamos capazes de lidar com defeitos que machucam mas que precisam ser vistos e considerados para construir uma relação sólida duradoura.

4 – Quer ser amigo de quem nos machucou

Aqui o objetivo é se afastar do outro a ponto de garantir a visão que se tem do outro, mesmo que esse tenha trazido a você muitas dores. Exemplos como “ele não é bom marido, mas é um ótimo pai” ou “ele é um ótimo amigo, mas um péssimo namorado” são relatados com frequência nos consultórios, e nem sempre ouvir isso quer dizer que o fim daquele relacionamento está próximo. Às vezes isso pode levar meses, até anos para acontecer.

Pode alguém que magoou você e fez você sofrer virar seu amigo da noite para o dia? É possível transformar essa pessoa no seu melhor amigo sem rancores?

Perdoar não é ter amnesia e esquecer-se de tudo que aconteceu, mas recordar sem dor. Isso se consegue com um trabalho interno constante, focado no reconhecimento dos próprios valores e limites.

Sabemos que nos identificarmos com algumas dessas características de relacionamentos é bem comum, e queremos dizer que é sim possível construir relacionamentos mais saudáveis e muitos mais sólidos se você baseá-lo na realidade dos fatos, mesmo que não seja aquilo que você gostaria de ver. Esconder vai ser sempre pior a longo prazo. Busque ajuda se sentir necessidade.

Breve diálogo sobre autoconhecimento

O processo de autoconhecimento não é fácil, e nem sempre é cheio de alegrias e vitórias. Se você realmente escolheu o caminho do autoconhecimento, gostaríamos de pedir que você se prepare para aprender a cair e levantar, a presenciar ganhos e perdas dentro de você acontecendo ao mesmo tempo, sem que você tenha tempo para lidar com todos os aspectos que isso trará a você.

Em um processo de autoconhecimento, você certamente avançará em alguns aspectos, amadurecerá em algumas coisas e permanecerá imaturo para outras por algum tempo. Nesse momento, você agirá como criança fazendo birra, recorrerá às distorções cognitivas que sustentaram suas crenças, reagirá à situações e culpará os outros pela sua dor. Você poderá ainda atacar aqueles que mais ama enquanto tenta fugir de si mesmo, e tudo isso é perfeitamente normal e esperado quando você estiver amadurecendo e reconhecendo sua personalidade.

Com o processo de autoconhecimento, você terá um mix de grandes emoções: tristeza, raiva, angústia, alegria, amor, ódio, e terá uma verdadeira montanha russa de emoções, que permitirão que você aprenda a lidar com o mundo, os outros e tudo aquilo que cerca você. Você verá que o sentimento de gratidão e felicidade com suas descobertas serão fortes e reais, e isso o motivará a continuar, por mais chateado que esteja com suas próprias inconstâncias, afinal, isso também faz parte de você.

Você está se descobrindo, se percebendo e aprendendo a lidar com você mesmo, seus defeitos, qualidades, potencialidades e tudo aquilo que cerca você e funciona para o seu mundo interior. É um processo longo, às vezes doloroso, mas SEMPRE cheio de autorrealização, paz interior, liberdade pessoal e saúde emocional e física.

O processo de terapia é um importante mecanismo científico para auxiliar você a desenvolver seu autoconhecimento. Busque auxílio profissional para alcançar os mais altos voos com muito autoconhecimento, amor próprio e alegria.

Terminei meu relacionamento, o que fazer para esquecer?

Para a maioria das pessoas, terminar um relacionamento amoroso é algo doloroso, um momento onde oscilar entre saudade, tristeza, nostalgia e vazio é tão natural quanto alimentar-se, trabalhar ou até respirar.
Todo término de relacionamento deixa rastros, seja um namoro, um casamento, ou aquele crush que nem chegou a virar namoro. Todos exigem diferentes graus de esforço para serem superados.

Ser forte nesses casos não é a mesma coisa que não sofrer, mas ser capaz de aprender com a situação e seguir em frente apesar das emoções e pensamentos que teimam em levar você de volta ao mesmo lugar.

No Livro “Manual para não morrer de amor”, Walter Riso sugere seis dicas de como superar um término sozinho, tendo o autocuidado e o respeito pessoal como base para a libertação emocional que tanto buscamos após um término.

  1. Rodeie-se de amigos e familiares: Quem nos ama de verdade tenta nos puxar para cima, não importa se temos razão ou não, pois essas pessoas preocupam-se conosco e não costumam nos julgar. Não é hora para lidar com aqueles “amigos” que julgam e teimam em lembrar o quanto você é difícil ou o quanto você perdeu com o término. Você não precisa que ressaltem seus defeitos nem suas perdas nesse momento.
  2. Dê tempo ao tempo: Não se desespere, você precisa de tempo para lidar com todos os pensamentos e sentimentos que um término de relacionamento traz. Aprenda a lidar com você mesmo, se bastar, dar conta de você mesmo e suas emoções sem envolver-se com ninguém. Busque ser “uno” para depois ser “duo”.
  3. Faça uma autoavaliação: Na grande maioria das relações que chega ao fim, existem erros cometidos por ambos os envolvidos. Alguns podem ter peso diferente de outros, mas é fundamental que você busque perceber como e onde errou. Essa autoavaliação ajudará você a evitar novos erros, e não procurar o mesmo parceiro para tentar corrigir os erros passados.
  4. Elabore o luto: Tenha em mente que além de sofrimento, o luto representa a cura que a natureza traz para você. É uma limpeza profunda que permitirá que você ame novamente sem o peso dos traumas. Por isso, é importante viver e deixar fluir. Realizar os três passos anteriores e praticá-los sempre que necessário.
  5. A desforra prende você ao passado: Não se envolva com outra pessoa para esquecer um amor que não deu certo ou para se vingar do ex. A vingança mantém você preso a ele. A verdadeira vingança é deixar de amar quem não ama você ou faz mal intencionalmente. A melhor vingança é ser feliz, verdadeiramente feliz.

Sabemos que terminar um relacionamento nunca é fácil, e é ainda pior quando o relacionamento durou muitos anos. Acredite em você e mantenha o foco nos seus objetivos, permita-se viver e sentir com respeito e paciência e dê tempo ao tempo. Se ainda assim sentir que precisa de auxílio, busque ajuda profissional.

Cinco características que vão te ajudar a se tornar uma pessoa ESSENCIALISTA

Sabe aquelas pessoas que são focadas, conseguem ser produtivas, satisfeitas com suas conquistas e felizes em suas vidas em geral? Elas são geralmente pessoas essencialistas, que focam sua atenção e emoções naquilo que importa para alcançar seus objetivos ou propósitos de vida.
Essas pessoas não costumam se deixar abater pelas dificuldades que a vida lhes traz ou pelas relações difíceis que lhes rodeiam, usam a resiliência como forma de vida, aprendem com tudo aquilo que vivem sem perder o foco nos seus próprios planos. As pessoas essencialistas usam a assertividade como forma de comunicação e diálogo para manter suas relações saudáveis e produtivas.

Temos algumas dicas simples para que você também se torne uma dessas pessoas:

1 – Descubra seu propósito de vida: Perceba que deve focar naquilo que é vital para você.
2 – Faça as coisas em pequenos passos: Com atenção, removendo os obstáculos que a vida lhe impõe. Lembre-se que a vida é feita de escolhas, e você pode tomar as decisões certas se puder ser honesto com você mesmo.
3 – Crie hábitos e rotinas que sejam saudáveis para você e produtivas para o seu propósito: Pratique atividade física, faça terapia se puder e alimente-se de forma saudável.
4 – Se permita dizer não: Você não é a pior pessoa do mundo por respeitar os próprios limites. Dizer não pode ser o maior economizador de tempo e emoção negativa da sua vida. Pratique sempre que sentir necessidade.
5 – Viva o agora: Pratique a atenção plena sempre que possível, esteja consciente do aqui e agora. Você vai perceber que seus pensamentos irão se acalmar, e você vai ser ser capaz de focar sua atenção com mais facilidade naquilo que importa, sentindo mais prazer e satisfação nas coisas que consegue viver.

Se tornar uma pessoa essencialista não vai resolver todos os seus problemas, nem garantir que você alcance todos os seus objetivos. Ser essencialista vai permitir que você caminhe com foco em direção aos seus sonhos, usando suas emoções como alavanca para impulsionar você a alcançar os mais Altos Voos. Conte conosco para auxiliar você a desenvolver essas habilidades.

Cinco dicas para lidar com pessoas difíceis

Lidar com as pessoas difíceis e suas diferenças não é fácil. É preciso paciência e compreensão para tornar nossos dias mais leves, e principalmente aprender a lidar com nós mesmos e desenvolver nosso autoconhecimento, que vai ser a base para nossas relações sociais.

Sabemos que pessoas difíceis existem, e normalmente elas não sabem que são assim. Lidar com elas não é tarefa fácil para ninguém, geralmente por que elas estão sempre reclamando de alguma coisa, dificultando as situações. Para elas, a culpa é sempre do outro. Não é nada pessoal, a pessoa difícil geralmente funciona assim com todos ao seu redor, e em todos os ambientes pelos quais passa.

Conviver com pessoas difíceis requer que usemos a empatia e nos coloquemos no lugar do outro para compreender por que essas pessoas agem dessa forma. Viver o dia a dia com pessoas assim pode ser irritante, e às vezes perdemos a paciência. Por isso, preparamos cincos dicas para você:

  1. A melhor forma de se expressar é através do diálogo assertivo, onde você é capaz de falar sobre seus pensamentos e emoções de forma clara, direta e objetiva, para que o outro compreenda sem se sentir menosprezado ou atacado por isso.
  2. Não caia nas provocações que as pessoas difíceis costumam fazer. Respire fundo, pratique a atenção plena e não deixe que as emoções tomem conta das suas decisões. Cair na provocação do outro não resolve a situação. Afaste-se e na hora certa converse e resolva as coisas.
  3. Ninguém é completamente bom nem mau, todos temos características positivas e negativas. Olhe para a pessoa difícil e não se esqueça disso. Descubra quais as características positivas ela tem e valorize-as.
  4. Ajude a pessoa difícil a refletir. Faça perguntas que o ajudem a refletir e perceber como está se comportando diante das situações que talvez ela não perceba. Assim, você estará auxiliando o processo de desenvolvimento dela de uma forma positiva.
  5. Entenda que existem limites e você não tem controle sobre o comportamento das pessoas, mas você tem controle sobre o seu próprio comportamento. Busque desenvolver seu autoconhecimento para compreender como se comportar diante das situações que as pessoas difíceis podem causar.

Não se esqueça de que para lidar com pessoas difíceis, você antes precisa ser capaz de lidar com você mesmo. Por isso, tente cultivar e manter suas atividades prazerosas, aquelas que trazem tranquilidade e alegria a você, independente da sua relação social.

Como lidar com pessoas difíceis é um tema recorrente no consultório. Estamos aqui para auxiliar você em mais este investimento pessoal.

Como ser mais paciente?

Desenvolver a paciência pode ser um caminho muito produtivo para quem quer ser alguém mais pacífico e amoroso. Sem paciência, a vida é extremamente frustrante, e você acaba se tornando uma pessoa irritável, aborrecida e entediada.

A paciência é capaz de aumentar a dimensão do bem-estar e da compaixão em sua vida. Ela é essencial para a sua paz e tranquilidade.

Tornar-se mais paciente implica em abrir seu coração para o momento presente, vivendo cada dia com atenção e focando naquilo que realmente está vivendo, mesmo que isso pareça difícil para você. Em um engarrafamento quando você está atrasado para o trabalho, pode ser um bom momento para você praticar a atenção plena e relaxar alguns minutos, ouvir uma música e esperar. Afinal, você não pode passar por cima de todos os carros parados que estão à sua frente.

A paciência é uma virtude que pode ser aumentada com a prática consciente. Uma forma eficaz para te ajudar, é criar pequenos períodos de tempo onde você possa focar completamente sua atenção e praticar a paciência. Esses períodos podem ser de apenas cinco minutos, mas irão desenvolver sua capacidade de paciência ao poucos. Comece dizendo para você mesmo que não vai se aborrecer durante esses cinco minutos, e quando perceber que já consegue fazer isso tranquilamente, aumente seu tempo para dez minutos.

Ao praticar a paciência através da atenção plena, você perceberá que sua intenção de ser paciente aumenta sua capacidade de ser paciente, e isso é uma realidade. A paciência é uma dessas qualidades que fazem parte das pessoas bem sucedidas e focadas em seus próprios objetivos, e ao começar a praticá-la, você verá que é capaz de praticá-la por períodos cada vez maiores.

Ser paciente vai permitir a você agir colocando as coisas em perspectiva. Você vai perceber que o problema que está diante de você é um desafio do presente, e não um problema de vida ou morte, mas apenas um obstáculo menor que precisa ser superado. Sem paciência, o mesmo problema se torna uma emergência cheia de gritos, frustrações, sentimentos feridos e muito estresse. Isso não vale a pena. Quer você esteja diante de crianças, do seu patrão ou de um familiar difícil, se você não quer ficar estressado, desenvolver sua paciência pode ser muito útil.

Oito dicas que vão ajudar você a ser uma pessoa mais resiliente

Para a psicologia, a resiliência está diretamente ligada à capacidade que cada um de nós tem de superar os problemas, choques e eventos traumáticos que a vida naturalmente nos traz.  As pessoas resilientes usam as adversidades como oportunidades de evolução, de dar a volta por cima e seguir a vida. Elas se reinventam, aprendem e geralmente desenvolvem relações mais harmoniosas, pois conseguem dividir com o outro uma forma mais otimista de ver e estar no mundo.

Sabemos que cada ser humano é único. Suas experiências e o meio em que está inserido são aspectos fundamentais no desenvolvimento da personalidade de cada um. Portanto, a forma de gerenciar os momentos de estresse é diferente, e leva as pessoas a diferentes níveis de resiliência. Por isso, alguns aspectos podem e devem ser desenvolvidos para que consigam uma resiliência cada vez mais forte e presente no seu dia-a-dia.

Separamos algumas dicas, sugestões e estratégias para deixá-lo mais resiliente:

  1. Aprenda com as adversidades: Quando você tem uma experiência negativa, foque sua atenção no aprendizado que pode tirar dela. Pergunte-se sempre o que você poderia fazer diferente quando tiver um resultado ruim, e busque não repeti-lo.
  2. Mantenha suas relações afetivas saudáveis: Dê atenção aos seus relacionamentos com amigos e família. Quando o momento for difícil, não se afaste daqueles que você gosta, ao contrário, aproxime-se, aceite ajuda daqueles que realmente se preocupam com você.
  3. Seja positivo: “As pessoas resilientes trabalham na resolução de um problema ao invés de se deixarem paralisadas pela negatividade”, diz Brooks.
  4. Mantenha-se flexível: As pessoas resilientes são capazes de recalcular a rota e ajustar seus objetivos à realidade, e geralmente assim encontram formas de se adaptar mais facilmente a qualquer situação que surge.
  5. Acredite em si mesmo: Tenha orgulho de quem você é, valorize suas habilidades. Reconheça suas qualidades, pois acreditar em você mesmo é fundamental para aumentar sua autoestima e alcançar o sucesso. Quando você acredita em si mesmo, você se torna mais produtivo e preparado para alcançar seus objetivos.
  6. Seja otimista: Olhar a vida sob uma perspectiva mais esperançosa e positiva certamente o tornará mais resiliente. Lembre-se que os problemas são temporários, e você já passou por muitos deles e aprendeu.
  7. Diminua tensão: Desenvolva algumas alternativas para expressar suas emoções e aliviar a tensão. Recomendamos algumas: desenhe, medite, dance ou cante, faça terapia.
  8. Aprenda hábitos saudáveis: Escolha atividades saudáveis e que você sinta prazer em realizar. Inicie com pequenos objetivos. As pessoas acabam mais fortes – física e emocionalmente – quando seus hábitos são saudáveis e funcionais. Exercite-se regularmente, mantenha uma dieta saudável e prazerosa, leia um livro, reserve um tempo para descansar.

Desenvolver a resiliência é algo que você deve buscar com afinco e cuidado. As dificuldades e mudanças na vida vão surgir e fazem parte da vida de todo ser humano. Essa característica de personalidade pode tornar você uma pessoa próspera, bem-sucedida e mais feliz com a forma como se posiciona diante do mundo. Pense nisso, Escolha Voar Alto usando também capacidade de ser resiliente.

O que é a resiliência?

A Resiliência é um termo que se originou na física, e identifica as propriedades que alguns corpos possuem de voltar à sua forma original quando submetidos a alguma deformação elástica.

Para a psicologia, a resiliência significa a capacidade que cada ser humano apresenta em lidar com eventos importantes, superar problemas e mudanças, lidar com situações como choque, estresse ou evento traumático sem sofrer as consequências mais naturais dessas situações. O que parece é que algumas pessoas nascem com essa capacidade, e com isso encontram ou criam meios estratégicos para lidar com as situações de maneira racional e eficiente.

Segundo Robert Brooks, psicólogo e coautor do livro “O poder da resiliência: alcançando equilíbrio, confiança e força pessoal em sua vida”, as pessoas resilientes apresentam um senso de controle pessoal diferente da maioria, e geralmente são pessoas mais otimistas e dispostas a assumir riscos. Essas pessoas costumam ser mais propensas a manterem relações afetivas e profissionais saudáveis. Pessoas resilientes acreditam em si mesmas, são mais proativas e geralmente estão dispostas a trabalhar mais arduamente sob pressão para alcançar seus objetivos.

O nível de resiliência de alguém determinará quem está melhor preparado para lidar com as adversidades e quem terá sucesso com o aprendizado adquirido com a experiências de insucesso da vida. A resiliência é resultado de respostas e aprendizados adquiridos ao longo da evolução pessoal de cada um, e aqueles que desenvolvem a resiliência são capazes de ser mais produtivos, focados e responderem aos problemas com mais rapidez e flexibilidade. Isso permite com que eles saiam de um momento de crise com muito mais facilidade.

Saiba que existem pessoas não só capazes de enfrentar os problemas, mas que ainda aprendem com eles e os usam para seu próprio crescimento pessoal. São características comuns a essas pessoas:

  1. Autoconfiança: É a convicção pessoal de que se é capaz de realizar algo com eficiência, e com isso alcançar seus objetivos pessoais. Está diretamente ligada à autoestima.
  2. Persistência: Pessoas persistentes são conscientes de que para se ter sucesso, é preciso se levantar das quedas da vida. Essas pessoas sabem que o sucesso pessoal e profissional está na perseverança de lutar por um objetivo independente do obstáculo.
  3. Otimismo: Características de quem tem muita esperança na vida, na evolução das pessoas. Costumam ser proativos, eficazes e acreditam na sua própria possibilidade de controlar a vida.
  4. Empatia: Capacidade de se comunicar tendo o respeito e disponibilidade real para compreender o outro com as características de sua personalidade.
  5. Flexibilidade: Uma pessoa flexível é capaz de se adaptar às mais diversas situações, ambientes e atividades diferentes com mais facilidade e menos emoções negativas. Essa característica é fundamental em empresas com áreas variadas, onde uma mesma pessoa exerce várias funções.
  6. Sabe lidar com as emoções: Geralmente são pessoas que sabem lidar com situações de pressão e estresse, agindo de maneira racional e eficaz nesses momentos, aprendendo e reorientando-se diante da vida.

No seu dia-a-dia, o que você faz quando os problemas insistem em aparecer? Você se desespera, foge ou enfrenta a situação? Todos têm estratégias diferentes para lidar com os problemas, e caminhos diferentes para desenvolver a resiliência. Busque a sua forma, se observe, perceba onde pode mudar ou melhorar. Se sentir que precisa de ajuda, não deixe de buscar auxilio profissional.

Como nossos pensamentos influenciam nossos comportamentos?

Antes de tudo é preciso explicar que a percepção e a maneira de interpretar uma situação esta absolutamente ligada às respostas emocionais de cada ser humano.  Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) as nossas emoções e nossos comportamentos são influenciados diretamente pela forma como interpretamos as situação e os pensamentos que temos a respeito dela e não apenas da situação isolada.  Esses pensamentos estão correlacionados aos tipos de crenças que cada indivíduo desenvolve desde a infância.

Mas o que são as crenças que cada um de nós internaliza ao longo da vida?

Ainda durante a infância nós começamos a desenvolver nossas crenças que são interpretações, ideias e esquemas sobre nós mesmos, o outro e o mundo em geral. Estas crenças configuram a forma que a criança tem de dar sentido ao seu mundo e ao ambiente em que está inserido. Elas costumam ser compreendidas de forma tão profunda que o indivíduo não consegue refletir sobre elas e acaba acreditando nelas como se fossem verdades absolutas e esquece-se de questiona-las, costumam aparecer com aquelas falas “sempre foi assim” ou “eu sempre fui assim”.

São essas formas de pensar e compreender o mundo que fazem com que cada ser humano tenha uma história de vida única, com aspectos íntimos e completamente diferentes de outras pessoas, inclusive daquelas que dividem com o indivíduo as mesmas situações. É a partir dessas interpretações e crenças que surgem às distorções cognitivas e esses três aspectos juntos forma a Tríade cognitiva.

É através da Tríada Cognitiva que a TCC trabalha os padrões de aprendizagem ligados às formas que consideram a si mesmo, suas expectativas e o futuro de uma forma extremamente pessoal, com tudo isso podemos compreender que o comportamento humano está diretamente influenciado por esta tríade, ou seja, interpretações muito negativas de si mesmo geram comportamentos auto-depreciativos, deprimentes, de baixa-estima e muitas vezes patológico, etc.

Mas como lidar com esses pensamentos?

Aqui vão cinco dicas básicas e simples para você colocar em prática, sempre que perceber a frequência de pensamentos e comportamentos disfuncionais para sua realidade diária;

1 – Registre seus pensamentos recorrentes diariamente.

2 – Faça uma lista de gratidão

3 – Exercite-se.

4 – Medite

5 – Faça terapia com um profissional especializado.

Lembre-se: Nem tudo o que você pensa e interpreta é real e elas influenciam diretamente seu comportamento.

Cinco dicas que podem te ajudar a desenvolver sua flexibilidade cognitiva.

A flexibilidade cognitiva é uma das principais ferramentas que determina como nus adaptamos as mais variadas mudanças e exposições ambientais que vivemos. Essa é uma habilidade pessoal que nos permite compreender que nada é fixo e as coisas podem e devem ser alteradas e adaptadas para acompanhar as mudanças no mercado de trabalho,  na ciência, na tecnologia, na política e na sua vida pessoal. Ou seja, aqueles que possuem mais flexibilidade cognitiva estarão melhores preparados para lidar com a evolução da humanidade.

Mas o que as pessoas de mente flexível têm diferente das mentes rígidas?

Segundo o Manual de Neurociência Comportamental (2016), se trata da habilidade de adaptar o comportamento em resposta a mudanças no ambiente. As pessoas com mente flexível são capazes de transitar em diferentes áreas de conhecimento, costumam ser curiosas e buscam o aprendizado como base para desenvolver e confirmar suas crenças. Elas são capazes de pensar e analisar diferentes conceitos, contextualizando-os e trazendo para mais próximo da sua realidade.

Com a evolução social e tecnológica a habilidade da flexibilidade cognitiva se tornou fundamental para lidar com o meio em que estamos inseridos hoje em dia que é cheio de incertezas, complexo e mutável o tempo todo. Ser capaz de virar a chave mental e mudar do pensamento criativo para o matemático, daí ao pensamento crítico e assim por diante significa que você certamente terá mais chances de entender a complexidade de cada situação e apresentar respostas e resultados mais diretivos e assertivos.

Agora que você compreende a importância de ser uma pessoa flexível, queremos dizer que é possível desenvolver essa habilidade e temos dicas simples que podem te auxiliar em mais essa evolução pessoal.

Dicas

  1. Desafie suas crenças: Lembre-se que nem sempre sua crença em relação ao outro e a vida é a mais correta, pode ser a mais correta para sua experiência de vida, mas e para o outro que tem outra história de aprendizagem, como seria? Busque conhecer para refletir.
  2. Conheça novas maneiras de pensar e novas pessoas: Quanto mais você ampliar suas redes de relacionamento, mais conhecerá diferentes ideias e formas de pensar que certamente vão te fazer repensar suas crenças e muitas vezes te fazer mudar, crescer, evoluir e melhorar como ser humano.
  3. Pratique o pensamento crítico: Sempre que alguém discordar de você, não tente convence-lo de que sua ideia é a mais correta, busque compreender POR QUE ele acredita que a dele é melhor e a partir daí tire novas conclusões a respeito do assunto, talvez você mude de ideia, talvez não, mas esteja aberto.
  4. Mude sua rotina: Aprenda a funcionar bem em horários diferentes, busque alternativas para tornar sua rotina mais produtiva e positiva.
  5. Busque novas experiências: Aprenda um esporte novo, faça um curso sobre algo diferente do habitual, mas que lhe interesse ou tente novos caminhos na hora de tomar decisões e perceba como é possível olhar o mundo de muitos outros ângulos e ainda aprender e ajudar o outro.

O que queremos dizer é que você não deve se acostumar com o mesmo aprendizado, a mesma rotina, os mesmos assuntos sempre, seu cérebro precisa experimentar novas experiências para se adaptar e desenvolver respostas cada vez mais eficientes e eficazes diante na vida pessoal e profissional. Isso vai te permitir ensinar ao seu cérebro como ser mais “diplomático” e ter mais “jogo de cintura” diante das mais variadas situações.