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Como parar de procrastinar. Cinco dicas que vão te ajudar definitivamente a parar com a procrastinação.

A procrastinação é vista hoje em dia como algo comum, e geralmente é associada a hábitos de pessoas preguiçosas ou desorganizadas, o que não é verdade. A pessoa que sofre com a procrastinação, tem emoções desagradáveis, pensamentos negativos sobre si mesmo e sentimentos de culpa por não conseguir realizar as tarefas planejadas.

Para ajudar você que pode estar passando por esse processo, vamos dar cinco dicas baseadas em informações científicas para mudar definitivamente o hábito da procrastinação.

 

1. É mesmo procrastinação? Avalie o problema.
Aprenda a avaliar se o que acontecem são atrasos, que geralmente podem ser gerenciados, ou se realmente é procrastinação.

2. (Micro)passo.
Crie um primeiro pequeno passo ou pequeno objetivo que ajude você a iniciar a mudança de hábito. Essa é uma estratégia comprovada pela ciência para vencer a procrastinação. O truque aqui é realmente criar uma meta pequena, para que você prefira o prazer de realizá-la ao desconforto da procrastinação.

3. Gerencie o seu tempo e suas EMOÇÔES.
A crença de que devemos esperar o momento ou o “estado de espírito” certo para realizar determinadas coisas é uma grande armadilha, capaz de fortalecer a procrastinação e gerar um ciclo vicioso que obriga a pessoa a procurar outras atividades além da que precisa ser executada. Para isso, desenvolva a habilidade de regulação emocional, pois com ela você será capaz de lidar melhor com suas emoções e será menos propenso a procrastinar.

4. Esteja preparado para os imprevistos.
Mesmo que você esteja focado em não procrastinar, às vezes imprevistos acontecem e você precisa ser flexível pra lidar com essas situações. Avalie antecipadamente o que pode acontecer como imprevisto, e se antecipe pensando também no que pode ser feito para evitar ou resolver a situação.

5. Pratique a autocompaixão e pare de se culpar.

Lembre-se que pensamentos negativos funcionam como desmotivadores e impedem você de interpretar as coisas corretamente. Aprenda a normalizar seus erros, lidar com eles e evitar que se repitam, e considere controlar suas emoções para que você seja capaz de realizar suas tarefas sem sofrimento. Você não foi a primeira e nem será a última pessoa a procrastinar.

Sabemos que os procrastinadores costumam se sentir mal ao deixar de realizar suas tarefas, pois lembram de todas as outras vezes em que procrastinaram. Isso retroalimenta o ciclo vicioso, além de manter os pensamentos negativos, contribuindo para a baixa estima, ansiedade e depressão.

Deixar de procrastinar na maioria das vezes exige organização e planejamento, por isso, ensinamos a nossos clientes/pacientes a cuidar do seu ambiente social, físico e mental com a intenção de evitar a procrastinação e a autocrítica. Buscamos orientar a prática da autocompaixão e da flexibilidade para alcançar os Voos mais Altos.

O que é a procrastinação?

O professor Joseph Ferrari, da Universidade De Paul em Chicago/EUA, considerado uma das maiores autoridades no assunto, define a procrastinação como “o atraso intencional e frequente no início ou no término de uma tarefa que causa desconforto subjetivo, como ansiedade ou arrependimento”.

A procrastinação sintetiza o ato de adiar o cumprimento de uma tarefa que precisa ser realizada. É sempre aquela mesma situação onde você sabe o que deve ser feito, mas não se sente capaz de fazer por qualquer que seja o motivo. Pode ser considerada então uma “lacuna entre a intenção e a ação”, como resume Timoty Pychycal, outro renomado psicólogo e pesquisador da Universidade de Carleton.

Apesar de ser uma prática que pode acontecer de forma consciente ou não, todo caso inclui sempre a decisão de adiar uma tarefa, em geral usando o tempo que poderia ser empenhado na realização dessas tarefas para outras coisas consideradas menos importantes ou mais prazerosas. Um exemplo disso é quando você precisa finalizar um relatório para o seu chefe ou entregar um trabalho para seu professor e em vez de concluir o que precisa ser feito, você resolve olhar suas redes sociais, responder sua caixa de e-mail ou ainda ver um filme, perdendo um tempo precioso que poderia ser usado para sua produtividade.

Apesar de ser uma estratégia para lidar com emoções desconfortáveis e parecer uma prática comum, a procrastinação é extremamente prejudicial para sua produtividade e eficiência, atrapalhando diretamente o cumprimento de metas e objetivos que podem te ajudar a alcançar os seus sonhos. Porém, para aqueles que têm como hábito a procrastinação, o fato é que o sofrimento que ela causa não é suficiente para gerar uma mudança significativa, ou seja, o arrependimento ou a culpa não funcionam como impulsos para mudanças de hábito. Para isso, é preciso desenvolver outras formas e estratégias.

Em alguns casos a procrastinação pode ser “sintoma de algum transtorno psiquiátrico como depressão, TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade) ou TOC (transtorno obsessivo-compulsivo)”, como afirma o psicólogo cognitivo-comportamental e pesquisador na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Nesses casos, é preciso uma avaliação completa da saúde mental realizada por profissionais, para que as melhores estratégias sejam usadas para o tratamento do transtorno.

 

Mas por que a procrastinação acontece? Ela tem causa?

O que podemos dizer é que essa forma de agir tem origem em uma batalha interna entre duas áreas cerebrais, o córtex pré-frontal, que está ligado à nossa consciência e nos ajuda a pensar no futuro, e o sistema límbico, que busca o prazer imediato. O primeiro é justamente o que nos diferencia dos outros animais e nos permite adiar a recompensa em virtude dos nossos planos futuros.

Em termos gerais, nosso cérebro acaba se “rendendo” à procrastinação porque busca recompensa imediata, que é a prioridade natural do cérebro. Por isso, ele tende a lutar contra tarefas que só terão resultados no futuro em troca de atividades que lhes rendam resultados/prazer imediato. A especialista Caroline Webb em artigo da Harvard Business Review explica que “isso porque é mais fácil para nossos cérebros processarem coisas concretas em vez de abstratas, e o incômodo imediato é muito tangível em comparação com aqueles irreconhecíveis e incertos como benefícios futuros”.

A procrastinação nem sempre está ligada à preguiça ou a falta de interesse em realizar as coisas, mas muitas vezes às emoções pouco confortáveis que consequentemente geram comportamentos ligados à perda da produtividade e ao distanciamento da realização dos seus sonhos.

Escolher Voar Alto envolve sem dúvida a compreensão da procrastinação e o desenvolvimento de estratégias pra superá-la, para que você volte a ser alguém capaz de alçar os mais altos voos.

Quatro coisas que você pode fazer para ajudar a prevenir o suicídio e promover a saúde mental

Você certamente já sabe que os índices de suicídio vêm subindo drasticamente em todo o mundo, e que as pessoas que pensam e planejam suicídio costumam dar sinais e pedir algum tipo de ajuda, pois precisam de amparo emocional e compreensão. Mas você sabe o que fazer efetivamente para ajudar a prevenir o suicídio ?

Você sabe como agir não só no setembro amarelo, mas durante toda sua vida, em favor da promoção da saúde mental e da prevenção ao suicídio? Você em algum momento já procurou se informar sobre o que é a depressão? Sabe quais os seus principais sintomas? Você conhece a rede de saúde mental do seu município, seja ela pública ou privada? Você em algum momento faz piada com os termos retardado, bipolar, louco? Você acredita que ir a um psiquiatra ou psicólogo é uma atitude extrema de pessoas que estão realmente doentes? E quando aquele amigo mais irritado que causa problemas em todo lugar que vocês vão ou aquela amiga que discute por qualquer coisa estão em crise, você conversa com eles ou apenas se afasta sem tentar compreender o por que eles agem assim?

As suas respostas a todas essas perguntas podem ajudá-lo a perceber se você é ou não alguém que ajuda a promover saúde mental, e, consequentemente, prevenir o suicídio. Caso suas respostas façam você refletir e querer aprender como agir de forma prática, veja algumas dicas que podem ajudá-lo a apoiar aqueles que sofrem.

  1. Algum amigo ou familiar expressou uma mudança de humor acentuada, passou a ficar irritado ou triste com mais facilidade, não aceitar convites pra realizar atividades que gostava de fazer, passou a se isolar ou se afastar de forma muito brusca: converse com essa pessoa, confirme se está tudo bem com ela e se pode ajudá-la em algo. Faça isso com certa frequência e deixe claro que essa pessoa pode contar com você sempre.
  2. Quando a pessoa te contar um problema pelo qual ela está passando, não dê soluções que são simples para você. Não tente resolver o problema dela ou sugerir que ela enfrente aquilo a qualquer custo. Em vez disso, pergunte se você pode ajudá-la de alguma forma, se ela gostaria de sair para caminhar, comer alguma coisa com você enquanto conversam melhor sobre o assunto. Ser acolhido sempre ajuda.
  3. Se alguém disser a você que está pensando em tirar a própria vida, não é necessário se desesperar, pois essa pessoa já está assustada e sofrendo muito. Permita que ela fale, procure conversar e compreender pelo que ela está passando, quais suas maiores dores e seus maiores problemas, deixe que ela “desabafe” e sugira fontes de apoio psicológico profissional (psicólogos, psiquiatras, CVV, ou outros recursos que estejam disponíveis na rede de apoio).
  4. Se for possível, não deixe a pessoa sozinha em momentos que considere críticos. Caso aconteça uma situação de emergência, busque apoio imediato no CVV – 188, SAMU – 192 ou leve a pessoa imediatamente ao pronto socorro ou hospital.

Queremos lembrar que ninguém é 100% responsável pelo outro, mas você é responsável por tentar ser alguém melhor. Converse com aquele amigo ou familiar que você sente que precisa de ajuda, abra o assunto nos grupos de amigos, ouça e acolha.

É fundamental perder o medo de falar sobre o assunto e oferecer ajuda a quem precisa. Nas horas difíceis pode fazer total diferença ter com quem conversar. Muitas vezes as pessoas precisam apenas ser ouvidas e acolhidas. O melhor a fazer nessas situações é não julgar, acolher e direcionar para os profissionais especializados.

Essas são pequenas atitudes que podem ser praticadas todos os dias, e não apenas no mês de setembro.

Escolha Voar Alto

Conversando abertamente sobre suicídio

Na psicologia definimos o suicídio como um gesto de autodestruição, de realização do desejo de dar fim ao próprio sofrimento emocional ou ao desejo de morrer. O suicídio é uma escolha e uma ação com grandes consequências para o meio social, podendo acontecer em todas as idades, etnias e classes sociais.

Estima-se que anualmente cerca de 10 a 20 milhões de pessoas tentam suicídio, e a cada suicídio concretizado, cerca de 6 a 10 pessoas sofrem consequências irreversíveis em suas vidas. Esses números são muito altos para que passem despercebidos pelas autoridades mundiais de saúde e por profissionais da área da saúde mental.

Muitas causas levam a pensamentos e atos suicidas. Em geral, as pessoas tem necessidade de aliviar pressões externas e dores emocionais, depressão, transtornos de ansiedade graves, medos, traumas, mágoas e culpas ligadas a fracassos financeiros, perdas de emprego ou posição social, considerados fracassos e humilhação.

Na maioria dos casos, as pessoas combinam duas ou mais situações e sentimentos conflituosos, gerando o sentimento de ambivalência onde pensamentos de fuga e desaparecimento se alternam com pensamentos negativos de não serem capazes de resolver seus problemas, não enxergarem saídas ou possibilidades. Todos esses conflitos geram a necessidade da busca pela paz e o descanso, na intenção de uma situação melhor, provocando o surgimento do pensamento suicida, onde este parece ser o meio mais rápido e eficaz de “resolverem” todo o sofrimento que vivem.

Infelizmente, o pensamento suicida é algo que faz parte da natureza humana, e é impulsionado pela possibilidade de fazer essa escolha, mas também é uma reação que acontece naturalmente frente a situações de grande estresse e dores emocionais, sendo mais comuns em pessoas já fragilizadas por mais de uma situação. O suicídio não está ligado diretamente a uma doença mental, mas sim a um momento crítico que pode despertar esse pensamento.

Diferente do socialmente falado, o número de homens que cometem suicídio é maior do que o de mulheres, apesar das mulheres tentarem mais vezes do que os homens. Isto está diretamente relacionado com a cultura patriarcal, onde o homem não pode demonstrar sentimentos ou pedir ajuda para lidar com eles. Muitos são os preconceitos sociais que ainda envolvem o homem e a saúde mental “abalada”, e, por isso, infelizmente muitos conseguem tirar suas vidas, sem ao menos receber qualquer tipo de ajuda. Diferente das mulheres, que de forma geral tem um espaço maior para demonstrarem suas emoções e “fragilidades”,  e dessa forma receberem ajuda.

Frequentemente as pessoas que pensam em suicídio pedem ajuda em momentos críticos, mas fazem também algumas mudanças que podemos estar atentos como: isolamento, mudanças de hábitos muitos marcantes, perda do interesse na aparência física, queda no desempenho profissional ou escolar e alterações de sono e alimentação. Associado a tudo isso, podem aparecer falas como “eu quero sumir” ou “prefiro morrer” – esses casos demonstram necessidade de atenção e possivelmente de ajuda.

Muitas pessoas que pensam em suicídio podem desistir dessa ideia se receberem apoio e puderem falar sobre o assunto sem julgamentos, recebendo acolhimento e respeito da sua rede de apoio, que são aqueles em quem confia. A combinação de profissionais de saúde mental e ONGs como o CVV, que disponibiliza atendimento gratuito 24 horas todos os dias, tem grandes chances de auxiliar na promoção da saúde mental e da qualidade de vida.

Escolha Voar Alto.

Vamos falar sobre depressão?

Já sabemos que a tristeza é uma emoção básica, e, portanto, acompanha todos os seres humanos em qualquer idade. A tristeza pode ser causada pelos mais diversos motivos, mas o que não podemos esquecer é que a tristeza é uma emoção que ajuda as pessoas na reformulação de processos cognitivos e na reflexão das situações vividas. Para algumas pessoas, pode ser que a tristeza se torne mais frequente e persistente, o que pode ser um sinal de depressão. Mas afinal, o que é a depressão?

Precisamos deixar claro que a depressão é considerada uma psicopatologia, com diagnóstico claro e sintomas pré-definidos pelo CID-10 ou pelo DSM, que incluem tristeza persistente por duas semanas ou mais, perda do prazer nas atividades que antes eram prazerosas (anedonia), desmotivação, alterações de sono e apetite, entre outros sintomas.

Lembre-se que a tristeza é natural e tende a ser passageira, enquanto a depressão é persistente e geralmente interfere diretamente na produtividade e nas relações pessoais e profissionais. Em geral, não importa o que a pessoa faça, a tristeza continua presente, com dificuldade de enxergar as possibilidades que o futuro lhe reserva.

Ainda hoje a ciência não consegue precisar sobre qual a causa exata do transtorno depressivo, porém, já existem muitos agentes conhecidos e comprovados, que envolvem fatores genéticos, experiências de vida (problemas financeiros, de relacionamento, desemprego, aposentadoria, etc), eventos estressantes (assaltos, acidentes, sequestros, morte de pessoas significativas), doenças físicas crônicas, abuso de substâncias e outras questões que combinadas podem influenciar o início do transtorno ou ainda episódios de recaída.

Nesse contexto podemos afirmar ainda que as características de personalidade de cada indivíduo influenciam diretamente o entendimento de cada um desses eventos, sendo um fator fundamental para desencadear ou não um transtorno.

Infelizmente essa doença é muito mais comum do que parece, e embora a maioria dos quadros sejam considerados leves, uma em cada dez pessoas terá um episódio moderado ou grave. Por isso, é importante que você seja capaz de reconhecer quando a tristeza se tornar um problema.

Os sintomas psicológicos são definidos como:

1. Sentir tristeza ou angústia sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia, por pelo menos duas semanas seguidas sem melhorar em momento nenhum dentro desse período;
2. Perda do prazer em atividades que eram prazerosas (anedonia);
3. Redução da capacidade de concentração, lentidão no fluxo de pensamentos capazes de influenciar na produtividade e eficiência;
4. Sentimento de culpa e desvalia a maior parte do tempo;
5. Pensamentos de morte ou automutilação como forma de alívio para tristeza.

Já os sintomas físicos podem ser definidos como:

1. Aumento ou diminuição no apetite;
2. Aumento ou diminuição do sono;
3. Perda da libido;
4. Sentir-se fraco, cansado ou sem energia para realizar as atividades do dia-a-dia;
5. Choro fácil, sem motivo aparente;
6. Perda do ritmo e da capacidade de executar as atividades diárias.

É importante saber que para o diagnóstico da depressão, não é preciso que se apresentem todos esses sintomas, mas que alguns deles estejam presentes junto com prejuízos sociais, pessoais e profissionais. Essas informações ajudarão no diagnóstico da depressão, que deve ser feito somente por profissionais especializados em saúde mental.

Vamos derrubar Tabus? Vamos falar sobre suicídio

Diante de toda a mudança que vem acontecendo no mundo, falar em saúde mental se tornou mais urgente do que nunca. No Brasil, 32 pessoas tiram a própria vida todos os dias, e a cada 45 minutos em média um brasileiro morre vítima de suicídio. Compreender as causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir esses números tristes.

As razões para o suicídio podem ser as mais variadas, porém, o que mais assusta é que muitas pessoas já tiveram essa intenção em algum momento da vida. Segundo estudos da Unicamp, 17% dos brasileiros em algum momento pensaram em tirar a própria vida, e desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso.

Diante dessa triste realidade, acreditamos que as primeiras medidas que se podem tomar partem da prevenção e da educação: é necessário falar sobre o assunto, derrubar os tabus que envolvem o suicídio e compartilhar informações ligadas ao tema. Essas medidas já foram tomadas com outros temas também tabus como o sexo, as drogas, as doenças sexualmente transmissíveis, o anticoncepcional e todos os outros assuntos que viraram grandes causas de prevenção e enfrentamento, ajudando a proteger milhares de pessoas.

O mês de Setembro foi escolhido simbolicamente como o mês da luta pela prevenção ao suicídio, e acabou tornando-se o mês onde as pessoas estão mais abertas para receberem informações e aprenderem sobre ao assunto. Então, queremos ensinar a você que para prevenir um suicídio, é fundamental aprender a acolher sem criticar, conversar sem julgar, escutar e compreender os sentimentos daqueles sofrem com ansiedade, tristeza, medo, solidão e tantos outros sentimentos que causam dores emocionais e precisam ser respeitados e tratados com paciência e cuidado.

É preciso reconhecer sinais, diferenciar mitos de verdades, conversar, ouvir profissionais e conhecer os canais de apoio como o CVV 188 (Centro de Valorização da Vida), que disponibiliza orientação e atendimento gratuito 24 horas todos os dias. Além de tudo isso, falar sobre o assunto também é uma solução para que possamos praticar a empatia e enxergar com os olhos de quem pensa em suicídio, e quem sabe assim sermos capazes de apoiá-los.

O que sabemos é que essas pessoas tem em comum um grande sofrimento emocional para o qual não vêem saída, encontrando no suicídio uma forma de resolver seus problemas, acabar com a dor, pois não necessariamente o desejo dessa pessoa é de morrer. Portanto, a dor emocional que a pessoa sente precisa ter fim, e de alguma forma ela precisa ser curada, ressignificada e transformada, pois assim como os outros sentimentos vistos como positivos, a dor precisa encontrar sua forma de expressão. Por isso, os canais de comunicação para que todos possam pedir ajuda devem sempre permanecer abertos.

Seja um ponto de luz na vida dos outros todos os dias, e use o Setembro Amarelo como plataforma de comunicação e prevenção.

Encontre em nós apoio para Voar Alto.

Sete dicas que vão te auxiliar a superar a depressão.

Agora que você consegue compreender o que é como são definidos os sintomas para diagnóstico de depressão, gostaríamos de deixar claro que para o tratamento dessa psicopatologia, é indispensável a combinação da terapia medicamentosa, psicoterapia e estratégias comportamentais.

Por isso, gostaríamos de apresentar algumas dicas que acreditamos que vão AUXILIAR você na luta contra a depressão:

1. Se afaste de situações estressantes: a longo prazo, situações estressantes produzem um hormônio chamado Cortisol, que em excesso causa vários problemas e um deles é a depressão. Portanto, utilize técnicas que auxiliem na redução de estresse e aumento do relaxamento.
2. Fortaleça sua rede de apoio: mantenha-se próximo das pessoas as quais você se sente acolhido, que gostem de você e sejam capazes de estar ao seu lado quando seus sentimentos forem tristes e dolorosos, e seus pensamentos estiverem negativos. Familiares e amigos são as pessoas mais indicadas para estarem ao seu lado nesses momentos.
3. Aprenda a questionar seus pensamentos: as pessoas que sofrem do transtorno depressivo costumam ter um fluxo de pensamentos negativos e de culpa muito maior do que as outras pessoas. Aprender a percebê-los e questioná-los é importante para avaliar se realmente são verdadeiros. Essa técnica costuma ajudar a melhorar a qualidade do seu humor. Fazer psicoterapia certamente pode auxiliar você a modificar esses padrões de pensamentos e emoções.
4. Procure resistir à procrastinação e defina prazos: a depressão causa a perda de energia física, assim como dificuldade de concentração, o que faz com que a procrastinação pareça sempre a melhor opção. Todavia, a procrastinação aumenta a culpa, o sentimento de incapacidade e frustração, o que alimenta o círculo vicioso iniciado nos pensamentos negativos. Para isso, é importante definir prazos e gerenciar o seu tempo de forma que você cumpra as pequenas metas diárias que vão te ajudar a se sentir mais eficiente e capaz.
5. Estimule sua serotonina para que seja produzida naturalmente: a serotonina é o principal hormônio relacionado ao bem-estar e a felicidade. Ele pode ser produzido naturalmente ao você realizar atividades físicas como caminhada, corrida, yoga, entre outras. Além disso, alguns cientistas afirmam que também é possível produzir serotonina ao relembrar de momentos felizes, receber contatos físicos como abraços e massagens, ou mesmo quando tomamos sol. Escolha a forma que mais motiva você e estimule diariamente sua produção de serotonina.
6. Cuide dos seus hábitos alimentares: muitos são os nutrientes que podem interferir na manutenção dos sintomas de depressão, como o zinco, por exemplo. Antes de realizar qualquer mudança alimentar, procure auxílio de um nutricionista.
7. Atenção à higiene do sono: sono e humor estão diretamente ligados, portanto, cuidar da higiene no seu sono pode melhorar a qualidade dele e, consequentemente, ajudar a estabilizar o seu humor. Para isso, sugerimos que desligue os aparelhos eletrônicos pelo menos uma hora antes de ir para a cama, beba água, vá ao banheiro e reduza a luminosidade se for possível. Evite usar o quarto para trabalhar ou qualquer outra coisa que não seja o seu descanso.

É fundamental nesse momento trazer para perto de você pessoas que te façam bem, que coloquem você para cima. Corte relações tóxicas, se concentre no que é importante e traz prazer para sua vida. Escolher Voar Alto depende de você, não se trata de egoísmo, mas sim de autocuidado, autocompaixão e amor próprio. Para sair da depressão, você precisa cuidar da sua saúde mental, um dos sseus bens mais preciosos.

Essas dicas colocadas em prática não substituem o acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, elas representam sugestões que vão servir como complemento ao tratamento médico e psicológico.

Vamos falar sobre amor próprio na prática?

Amor próprio. Não sei se existe no senso comum um termo mais usado para definir o sentimento de gostar de si mesmo, respeitar e reconhecer em si capacidades e limites e definir autoestima. Para muitos, o amor próprio virou uma espécie de “mito”, algo quase impossível de ser alcançando, quem dirá vivido.

Termos muito bonitos e falas muito altruístas e motivadoras são características daqueles que buscam convencer você que é possível aprender a ter muito amor próprio. Porém, a verdade é que poucos dizem na prática aquilo que é preciso desenvolver para alcançar definitivamente o “mito” do amor próprio.

Pensando nisso, fizemos para você esse texto com algumas características que costumamos estimular em nossos pacientes para auxiliar o aumento na autoestima, e, consequentemente, amar a si mesmos sem amarras, aprendendo com suas próprias experiências e angústias.

Desenvolver seu autoconhecimento é, sem dúvida, um dos principais objetivos que temos no auxílio da descoberta do amor próprio. Compreender como pensamos, como interpretamos a vida, quais nossas crenças mais íntimas e nossos comportamentos disfuncionais, são alguns dos aspectos que auxiliam você no desenvolvimento do processo de autoconhecimento.

Aceitar as próprias imperfeições não é fácil, nós sabemos e estamos com você na hora de mudar aquilo que é possível e aceitar e aprender a lidar com aquilo que não é possível mudar. Acreditamos que como seres humanos somos imperfeitos por natureza, e estamos aqui para aprender e nos desenvolver junto com nossos pacientes. Nosso objetivo é auxiliar você a compreender suas imperfeições, de onde vieram e para que servem, e se amar com todas elas.

Conhecer seus limites, suas potencialidades, características positivas ou não, é outro aspecto que costumamos trabalhar em terapia, para que você seja capaz de reconhecer aquilo pode interferir nas suas metas e objetivos profissionais e pessoais. Assim, você será capaz de lidar com você mesmo em qualquer situação, facilitando a sua tomada de decisão para escolhas mais eficazes na resolução de problemas.

Aprender a praticar a autocompaixão é fundamental para desenvolver um amor próprio forte e capaz de lidar com os erros e acertos que qualquer ser humano está sujeito a viver. Como seres humanos, somos seres passíveis de erros, perdas e equívocos que nos trazem consequências. A autocompaixão nos ajuda a não carregar a culpa que isso traz, mas absorver a dor, transformando-a em aprendizado e evolução. A autocompaixão é fundamental para qualquer pessoa que busca desenvolver o amor próprio.

Aprender a gostar da própria companhia, compreender a diferença entre estar sozinho e ser solitário. Quando estamos sozinhos, costumamos curtir o momento, fazer aquilo que gostamos, que temos prazer e nos faz sentir felizes com nós mesmos. Ser solitário costuma ser cheio de emoções densas e tristes, com dificuldade em encontrar prazer sozinho nas atividades que gosta, e apresenta muitas vezes uma grande necessidade de buscar companhia, o que acaba provocando uma série de erros nas relações de amizade e afetividade. Na clínica ajudamos nossos pacientes a “se bastar”, isto é, sua companhia é prazerosa o suficiente para você mesmo, e você será capaz de ser o bastante para você e escolher estar com o outro por prazer, e não mais por necessidade emocional.

Acreditamos também que manter uma rotina de autocuidado diário é fundamental no desenvolvimento do amor próprio. Incentivamos a todos os nossos pacientes a iniciarem mudanças em suas rotinas, incluindo práticas de atividades que  interessem a eles e sejam funcionais em seu dia a dia e possibilidades financeiras. Uma rotina diária de auto cuidado prazerosa, vai proporcionar a você bem estar e tranquilidade para fazer suas escolhas e tomar suas decisões.

Dentro da clínica muitas outras características surgem, e juntos como uma dupla – terapeuta e paciente – poderemos encontrar formas únicas e específicas para cada um dos seus aspectos de personalidade ou comportamento. Vamos trabalhar nas questões que podem estar dificultando a você encontrar e reconhecer toda a potência que você pode ter quando perceber que se amar é o caminho para alcançar os mais altos voos.

Quando buscar psicoterapia?

Durante muitas décadas, o senso comum acreditou e propagou que psicoterapia e sua ciência terapêutica eram indicados quase exclusivamente para pessoas com problemas mentais graves. Pessoas com psicopatologias deveriam ser tratadas por esses profissionais, mas aqueles com outras necessidades emocionais de desenvolvimento ou autoconhecimento deveriam aprender a lidar com isso no dia a dia, elaborando suas dores, suportando suas angústias e dando conta de todas as questões da vida com o apoio de familiares e amigos próximos.

Hoje com o desenvolvimento das terapias e sua desmistificação, sabe-se que muitas pessoas procuram acompanhamento psicológico e nem todas, ou pelo menos um número muito menor do que se imagina, busca psicoterapia por serem doentes mentais. A grande maioria hoje busca desenvolvimento emocional e mental, crescimento profissional, autoconhecimento, e muitas outras características de personalidade que são necessárias para que possamos alcançar os mais altos voos nas nossas vidas com leveza, alegria e muito amor-próprio.

Mas você sabe quando buscar psicoterapia?

Queremos dividir com você alguns dos motivos mais comuns pelos quais somos procurados em nossa clínica. Eles ajudarão você a perceber que psicopatologia é apenas uma pequena parte disso tudo.

1 – A busca pelo autoconhecimento e inteligência emocional

Muitas pessoas percebem que tem dificuldade em lidar consigo mesmas, suas emoções, comportamentos e pensamentos diante de determinadas situações. Essas pessoas são geralmente capazes de perceber que as coisas não estão funcionando como gostariam, mas são incapazes de perceber as raízes dessas reações disfuncionais e como podem mudar algumas atitudes através das interpretações e pensamentos. Essas pessoas buscam auxílio para se conhecerem melhor e aprenderem a lidar consigo mesmas nas mais variadas situações, reconhecendo seus limites e respeitando-se mais a cada dia.

2 – Quando o passado ainda tem muita importância e isso interfere no presente

Um número considerável de pessoas busca a terapia por estarem diante de situações onde o passado é muito importante, e costuma ser revivido quase que diariamente. Essa situação provoca emoções de tristeza, apatia, decepção, frustração, luto e uma série de emoções negativas difíceis de conviver, capazes de alterarem o funcionamento de qualquer ser humano quando se tornam predominantes e frequentes. Essas pessoas podem ter sofrido com términos de relacionamentos, morte de entes queridos ou perdas de bichinhos de estimação, decepções afetivas, problemas profissionais e uma infinidade de outras situações que podem provocar esse apego ao passado e gerar uma dificuldade na adaptação ao presente.

3 – Quando sentem que precisam recomeçar, mas não sabem como

Esses pacientes procuram as clínicas por perceberem que suas vidas precisam de um sentido, um novo começo ou talvez um novo propósito, mas por algum motivo não consegue definir esses novos caminhos e não se sentem seguros para recomeçar. Muitas vezes tem dificuldade em ultrapassar barreiras inicias dos planos traçados e se sentem paralisados, fracos e sem coragem de seguir em frente na busca por seus sonhos e objetivos. Essas pessoas sentem a necessidade de um recomeço, mas muitas vezes não sabem por onde começar.

4 – Quando percebem que precisam rever seus padrões de crenças pessoais, por que elas se tornaram disfuncionais e limitantes

Algumas pessoas buscam a terapia ao se darem conta que reagem muito mal às interpretações das situações ou às suas emoções diante dos fatos, provocando a famosa “tempestade numa xícara”, mas não são capazes de evitar ou até mesmo de lidar com as próprias emoções quando essas crenças são ativadas. Dentro das práticas profissionais, muitas vezes o paciente percebe que o medo, a insegurança e a dificuldade em ultrapassar determinados padrões são fortes mas irracionais quando avaliadas de perto, mas emocionalmente acreditam na veracidade do pensamento.

5 – Para rever algum padrão emocional disfuncional (ansiedade, estresse, TOC, Depressão e etc)

Esses são os pacientes que muitas vezes apresentam sintomas de sofrimento psicológico com interferências diretas no comportamento e no meio em que vivem. São pessoas que muitas vezes já passaram por outros tratamentos, ou já receberam algum diagnóstico de saúde mental e buscam apoio para a diminuição do seu sofrimento emocional. Alguns percebem alterações importantes na vida, mas só na terapia encontram as causas e os meios para lidar com tudo aquilo que vivem e se adaptar às novas formas de vida e novas formas de ser e estar o mundo.

Sabemos que muitas vezes encontrar um terapeuta com quem você se identifique ou conseguir se organizar para iniciar a terapia pode ser  muito difícil, e isso pode fazer você pensar em desistir. Nós garantimos que o processo de terapia quando bem compartilhado entre terapeuta e paciente, é sempre libertador e gratificante para aquele que consegue fazer o investimento no próprio desenvolvimento.

Busque psicoterapia com psicólogos registrados nos seus respectivos conselhos.

Breve diálogo sobre autoconhecimento

O processo de autoconhecimento não é fácil, e nem sempre é cheio de alegrias e vitórias. Se você realmente escolheu o caminho do autoconhecimento, gostaríamos de pedir que você se prepare para aprender a cair e levantar, a presenciar ganhos e perdas dentro de você acontecendo ao mesmo tempo, sem que você tenha tempo para lidar com todos os aspectos que isso trará a você.

Em um processo de autoconhecimento, você certamente avançará em alguns aspectos, amadurecerá em algumas coisas e permanecerá imaturo para outras por algum tempo. Nesse momento, você agirá como criança fazendo birra, recorrerá às distorções cognitivas que sustentaram suas crenças, reagirá à situações e culpará os outros pela sua dor. Você poderá ainda atacar aqueles que mais ama enquanto tenta fugir de si mesmo, e tudo isso é perfeitamente normal e esperado quando você estiver amadurecendo e reconhecendo sua personalidade.

Com o processo de autoconhecimento, você terá um mix de grandes emoções: tristeza, raiva, angústia, alegria, amor, ódio, e terá uma verdadeira montanha russa de emoções, que permitirão que você aprenda a lidar com o mundo, os outros e tudo aquilo que cerca você. Você verá que o sentimento de gratidão e felicidade com suas descobertas serão fortes e reais, e isso o motivará a continuar, por mais chateado que esteja com suas próprias inconstâncias, afinal, isso também faz parte de você.

Você está se descobrindo, se percebendo e aprendendo a lidar com você mesmo, seus defeitos, qualidades, potencialidades e tudo aquilo que cerca você e funciona para o seu mundo interior. É um processo longo, às vezes doloroso, mas SEMPRE cheio de autorrealização, paz interior, liberdade pessoal e saúde emocional e física.

O processo de terapia é um importante mecanismo científico para auxiliar você a desenvolver seu autoconhecimento. Busque auxílio profissional para alcançar os mais altos voos com muito autoconhecimento, amor próprio e alegria.