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Sobre aqueles que vivem um relacionamento saudável

Sabemos que existem sim casais saudáveis, que convivem harmoniosamente com muito amor e respeito em seu relacionamento. Esses casais estão por aí, se esforçando juntos, crescendo e aprendendo mais a cada dia com a própria história. São casais perfeitos? Não, mas são casais amigos, cúmplices, onde a troca, a compreensão e o prazer em estar juntos é maior que tudo.

Algumas pessoas desenvolvem características que as fazem cultivar esses tipos de relacionamentos. Essa características são fundamentais para garantir a saúde afetiva do casal. Sugestões feitas por Walter Riso no livro “Para não morrer de amor”, nos ajudam a refletir sobre a forma de funcionamento dessas pessoas.

As pessoas que conseguem manter relacionamentos saudáveis por um longo período de tempo, costumam ter em mente que se não são admiradas, escutam sempre palavras dolorosas, ou não são motivo de orgulho, seu parceiro NÃO as ama verdadeiramente. Por isso, não permanecem nem insistem naquilo que deveria ser natural e não é.

Outra característica fundamental é compreender que, se amar implica perder a liberdade básica de sentir e pensar por sua conta, você está sendo dominado ou está preso. Nenhuma dessas opções é suportável para quem tem amor próprio. Geralmente, essas pessoas tem internalizado que o primeiro amor é sempre o amor próprio. Se o amor o obriga a involuir de alguma forma, não é amor. Compreensão, apoio e motivação nas medidas certas fazem toda a diferença, e as pessoas com relacionamentos maduros sabem disso.

Para o amor saudável não existe autopunição, e nunca é preciso padecer pela pessoa amada, mas sim usufruir da sua companhia, suas habilidades, seu humor, e tudo mais que o outro é. Não adianta se relacionar com pessoas que adoçam seus ouvidos e amargam sua vida. Você pode até escutar o que você quer ouvir, mas se aquilo não é compatível com o que você vive no dia-a-dia, não se demore, siga sua vida e procure outro caminho.

A última característica que gostaríamos de dividir com você, é a consciência de que perdoar não é ter amnesia e esquecer os erros, mas aprender a recordar sem dor. Isso não se consegue por que você quer ou o por que outro exige, pois perdoar requer paciência e aprendizado.

Busque ajuda sempre que perceber que está preso aos sentimentos de mágoa, injustiça ou tristeza. Aqueles que amam de uma forma saudável, não se permitem prolongar o próprio sofrimento.

Cinco dicas para lidar com pessoas difíceis

Lidar com as pessoas difíceis e suas diferenças não é fácil. É preciso paciência e compreensão para tornar nossos dias mais leves, e principalmente aprender a lidar com nós mesmos e desenvolver nosso autoconhecimento, que vai ser a base para nossas relações sociais.

Sabemos que pessoas difíceis existem, e normalmente elas não sabem que são assim. Lidar com elas não é tarefa fácil para ninguém, geralmente por que elas estão sempre reclamando de alguma coisa, dificultando as situações. Para elas, a culpa é sempre do outro. Não é nada pessoal, a pessoa difícil geralmente funciona assim com todos ao seu redor, e em todos os ambientes pelos quais passa.

Conviver com pessoas difíceis requer que usemos a empatia e nos coloquemos no lugar do outro para compreender por que essas pessoas agem dessa forma. Viver o dia a dia com pessoas assim pode ser irritante, e às vezes perdemos a paciência. Por isso, preparamos cincos dicas para você:

  1. A melhor forma de se expressar é através do diálogo assertivo, onde você é capaz de falar sobre seus pensamentos e emoções de forma clara, direta e objetiva, para que o outro compreenda sem se sentir menosprezado ou atacado por isso.
  2. Não caia nas provocações que as pessoas difíceis costumam fazer. Respire fundo, pratique a atenção plena e não deixe que as emoções tomem conta das suas decisões. Cair na provocação do outro não resolve a situação. Afaste-se e na hora certa converse e resolva as coisas.
  3. Ninguém é completamente bom nem mau, todos temos características positivas e negativas. Olhe para a pessoa difícil e não se esqueça disso. Descubra quais as características positivas ela tem e valorize-as.
  4. Ajude a pessoa difícil a refletir. Faça perguntas que o ajudem a refletir e perceber como está se comportando diante das situações que talvez ela não perceba. Assim, você estará auxiliando o processo de desenvolvimento dela de uma forma positiva.
  5. Entenda que existem limites e você não tem controle sobre o comportamento das pessoas, mas você tem controle sobre o seu próprio comportamento. Busque desenvolver seu autoconhecimento para compreender como se comportar diante das situações que as pessoas difíceis podem causar.

Não se esqueça de que para lidar com pessoas difíceis, você antes precisa ser capaz de lidar com você mesmo. Por isso, tente cultivar e manter suas atividades prazerosas, aquelas que trazem tranquilidade e alegria a você, independente da sua relação social.

Como lidar com pessoas difíceis é um tema recorrente no consultório. Estamos aqui para auxiliar você em mais este investimento pessoal.

Como ser mais paciente?

Desenvolver a paciência pode ser um caminho muito produtivo para quem quer ser alguém mais pacífico e amoroso. Sem paciência, a vida é extremamente frustrante, e você acaba se tornando uma pessoa irritável, aborrecida e entediada.

A paciência é capaz de aumentar a dimensão do bem-estar e da compaixão em sua vida. Ela é essencial para a sua paz e tranquilidade.

Tornar-se mais paciente implica em abrir seu coração para o momento presente, vivendo cada dia com atenção e focando naquilo que realmente está vivendo, mesmo que isso pareça difícil para você. Em um engarrafamento quando você está atrasado para o trabalho, pode ser um bom momento para você praticar a atenção plena e relaxar alguns minutos, ouvir uma música e esperar. Afinal, você não pode passar por cima de todos os carros parados que estão à sua frente.

A paciência é uma virtude que pode ser aumentada com a prática consciente. Uma forma eficaz para te ajudar, é criar pequenos períodos de tempo onde você possa focar completamente sua atenção e praticar a paciência. Esses períodos podem ser de apenas cinco minutos, mas irão desenvolver sua capacidade de paciência ao poucos. Comece dizendo para você mesmo que não vai se aborrecer durante esses cinco minutos, e quando perceber que já consegue fazer isso tranquilamente, aumente seu tempo para dez minutos.

Ao praticar a paciência através da atenção plena, você perceberá que sua intenção de ser paciente aumenta sua capacidade de ser paciente, e isso é uma realidade. A paciência é uma dessas qualidades que fazem parte das pessoas bem sucedidas e focadas em seus próprios objetivos, e ao começar a praticá-la, você verá que é capaz de praticá-la por períodos cada vez maiores.

Ser paciente vai permitir a você agir colocando as coisas em perspectiva. Você vai perceber que o problema que está diante de você é um desafio do presente, e não um problema de vida ou morte, mas apenas um obstáculo menor que precisa ser superado. Sem paciência, o mesmo problema se torna uma emergência cheia de gritos, frustrações, sentimentos feridos e muito estresse. Isso não vale a pena. Quer você esteja diante de crianças, do seu patrão ou de um familiar difícil, se você não quer ficar estressado, desenvolver sua paciência pode ser muito útil.

O que é a resiliência?

A Resiliência é um termo que se originou na física, e identifica as propriedades que alguns corpos possuem de voltar à sua forma original quando submetidos a alguma deformação elástica.

Para a psicologia, a resiliência significa a capacidade que cada ser humano apresenta em lidar com eventos importantes, superar problemas e mudanças, lidar com situações como choque, estresse ou evento traumático sem sofrer as consequências mais naturais dessas situações. O que parece é que algumas pessoas nascem com essa capacidade, e com isso encontram ou criam meios estratégicos para lidar com as situações de maneira racional e eficiente.

Segundo Robert Brooks, psicólogo e coautor do livro “O poder da resiliência: alcançando equilíbrio, confiança e força pessoal em sua vida”, as pessoas resilientes apresentam um senso de controle pessoal diferente da maioria, e geralmente são pessoas mais otimistas e dispostas a assumir riscos. Essas pessoas costumam ser mais propensas a manterem relações afetivas e profissionais saudáveis. Pessoas resilientes acreditam em si mesmas, são mais proativas e geralmente estão dispostas a trabalhar mais arduamente sob pressão para alcançar seus objetivos.

O nível de resiliência de alguém determinará quem está melhor preparado para lidar com as adversidades e quem terá sucesso com o aprendizado adquirido com a experiências de insucesso da vida. A resiliência é resultado de respostas e aprendizados adquiridos ao longo da evolução pessoal de cada um, e aqueles que desenvolvem a resiliência são capazes de ser mais produtivos, focados e responderem aos problemas com mais rapidez e flexibilidade. Isso permite com que eles saiam de um momento de crise com muito mais facilidade.

Saiba que existem pessoas não só capazes de enfrentar os problemas, mas que ainda aprendem com eles e os usam para seu próprio crescimento pessoal. São características comuns a essas pessoas:

  1. Autoconfiança: É a convicção pessoal de que se é capaz de realizar algo com eficiência, e com isso alcançar seus objetivos pessoais. Está diretamente ligada à autoestima.
  2. Persistência: Pessoas persistentes são conscientes de que para se ter sucesso, é preciso se levantar das quedas da vida. Essas pessoas sabem que o sucesso pessoal e profissional está na perseverança de lutar por um objetivo independente do obstáculo.
  3. Otimismo: Características de quem tem muita esperança na vida, na evolução das pessoas. Costumam ser proativos, eficazes e acreditam na sua própria possibilidade de controlar a vida.
  4. Empatia: Capacidade de se comunicar tendo o respeito e disponibilidade real para compreender o outro com as características de sua personalidade.
  5. Flexibilidade: Uma pessoa flexível é capaz de se adaptar às mais diversas situações, ambientes e atividades diferentes com mais facilidade e menos emoções negativas. Essa característica é fundamental em empresas com áreas variadas, onde uma mesma pessoa exerce várias funções.
  6. Sabe lidar com as emoções: Geralmente são pessoas que sabem lidar com situações de pressão e estresse, agindo de maneira racional e eficaz nesses momentos, aprendendo e reorientando-se diante da vida.

No seu dia-a-dia, o que você faz quando os problemas insistem em aparecer? Você se desespera, foge ou enfrenta a situação? Todos têm estratégias diferentes para lidar com os problemas, e caminhos diferentes para desenvolver a resiliência. Busque a sua forma, se observe, perceba onde pode mudar ou melhorar. Se sentir que precisa de ajuda, não deixe de buscar auxilio profissional.

O que é a tristeza?

A tristeza é um fenômeno transitório, normalmente de curta duração. Consiste em uma emoção básica, que pode ser definida para a psicologia como estafa afetiva caracterizada pela falta de alegria e pela presença da melancolia, onde prevalece o estado de desânimo, resignação e desesperança. Essa definição nos faz pensar que a tristeza é uma emoção voltada para dentro, onde nos sentimos abatidos e sem energia, o que nos afasta do mundo externo e nos mergulha profundamente em um oceano de introspecção.

O autor Daniel Goleman descreve no livro Inteligência Emocional que a tristeza provoca perda de energia e prazer pelas atividades. Apesar disso, sua principal função é de adaptação às situações de vida que surgem com o desenvolvimento humano, como a perda de um ente querido ou uma decepção realmente importante.

Muitos de nós costumamos confundir cansaço com tristeza, o que para alguns é pertinente, já que em muitos ambientes competitivos estar casando pode parecer mais digno do que mostrar-se triste. Nesses ambientes a tristeza é vista como sinal de fraqueza e vulnerabilidade, e por isso ali não se deve demonstrar essas emoções.

Precisamos reconhecer a tristeza como uma emoção de introspeção importante de sentir, quando de maneira harmoniosa e olhando para ela com potencialidade para cumprir o papel de reajustamento necessário diante das adversidades que o momento nos traz.

A introspeção talvez seja um dos aspectos que torna a tristeza mais difícil de lidar, e acreditamos que isso aconteça por que nós não aprendemos a lidar com nosso próprio interior. Quando nos vemos obrigados e mergulhar profundamente em nós mesmos, sentimos muito desconforto e dores emocionais que não estamos preparados para enfrentar. Por isso, é sempre mais fácil fugir da tristeza, escondendo-se atrás de sorrisos falsos e fotos bonitas nas redes sociais.

A tristeza é uma emoção fascinante, por que ao mesmo tempo que para alguns está ligada à fraqueza, para a psicologia é uma importante ferramenta para a transformação interior e o crescimento emocional daqueles que têm coragem para se olhar com respeito e amor, vivenciando de forma profunda suas emoções.

Sendo assim, a tristeza como emoção básica é um acompanhante natural do desenvolvimento humano.
Quando se sentir triste, sugerimos que você se questione: Quando estou triste? Como me comporto quando estou triste? Qual o tamanho da minha tristeza? O que devo fazer com ela? Se conseguir responder a todas essas perguntas e ainda assim a sua tristeza continuar crescendo e se tornar mais forte e presente, não deixe de buscar ajuda profissional.

A tristeza como emoção básica

Com o desenvolvimento das tecnologias e o crescimento do mundo corporativo com todas as suas peculiaridades, temos vivido um momento onde nossas emoções tem se tornado mais presentes e os nossos meios para lidar com elas ficam cada dia mais reduzidos. Diante do acúmulo de responsabilidades e horários a serem cumpridos, metas e objetivos a serem alcançados e da necessidade de demonstrar sempre emoções positivas, nos afastamos da realidade e entramos cada vez mais em uma cultura totalmente avessa à tristeza.

Embora faça parte das emoções básicas, em muitos contextos costumamos rejeitá-la, transformando ela no sentimento dos fracos ou vitimados. Mas a tristeza é uma emoção natural, e precisamos encarar isso como um fato. Como emoção básica, ela costuma ser passageira e trazer consigo momentos de reflexão que quando vividos com consciência, auxiliam no desenvolvimento de todos os seres humanos.

A tristeza surge a partir de situações ligadas à perdas, decepções, choques ou insatisfações reais. Até mesmo para aquelas pessoas que vivenciam momentos de profunda alegria, a tristeza existe e pode aparecer nas formas de pensar e se comportar de todas as pessoas. As duas emoções são consequências das nossas escolhas, e precisamos lembrar que nós temos poder sobre elas.

Vivemos em uma sociedade onde a exposição da vida e de quem somos virou uma forma de competição velada. A preocupação de muitos passou a ser demonstrar uma situação de vida muito feliz, com idas a lugares da moda, viagens para lugares paradisíacos e uma superexposição de emoções positivas, que contam com muitos likes e um bem-estar que não existe. Como sociedade, temos enorme dificuldade em lidar com as frustrações, traições e o abandono, e muitos preferem esconder-se atrás de perfis repletos de inverdades a mostrar suas dores.

Algumas pessoas sentem uma tristeza “fora da curva” que é impossível de esconder, apresentando muito mais dificuldade em lidar com suas emoções e realizar suas atividades diárias. A tristeza para essas pessoas tem uma duração e uma intensidade geralmente maior, e elas precisam buscar ajuda profissional para receber apoio e orientações específicas.

Mas se você não se percebe “fora da curva”, aproveite esse momento para olhar para dentro com cuidado e amor, se dedique a sentir a emoção e deixá-la passar, sem julgamentos, sem fugir ou tentar desfazer a emoção. Permita-se sentir, respeitando-se, mas não se apegue a emoção e deixe que ela vá embora quando chegar a hora.

O medo como um emoção natural.

Estamos vivendo um momento diferente de tudo que nossos olhos já viram. Hoje todos nós vamos sentir medo e vivenciar o sentimento de luto e isso será sentindo e expressado de formas diferentes. A minha tia sempre tão calma, acabou irritada e chorando muito por um motivo meio bobo, uma colega de trabalho agiu de maneira rude comigo e eu decidi parar pra pensar sobre o assunto e observei que aqueles não eram os comportamentos naturais delas, e poderiam ser os reflexos do medo em suas reações físicas e emocionais e a forma como elas conseguiram expressa-lo.

Ser capaz de reconhecer suas expressões de medo vindas do luto provocado por um momento em que isolar-se e evitar o contato social se torna a principal forma de se proteger de qualquer risco é extremamente poderoso e nos ajuda a compreender e controlar aquilo que está em nós, e colocar para fora de uma forma mais humana, assertiva e honesta com tudo aquilo que sentimos.

Ao ser capaz de nomear o que você sente, é possível perceber que as emoções se modificam e muitas se tornam mais leves e harmônicas para que você seja capaz de reconhecer tudo aquilo pelo que está passando. Para lidar com seu medo, pedimos que reflita sobre suas emoções e nãos as julgue ou tente modifica-las imediatamente com aquelas falas comuns a maioria de nós “estou com medo, mas não deveria sentir isso”, é preciso parar no primeiro sentimento e aceitar está sentindo o medo, angústia ou qualquer outro sentimento que esteja presente, lutar contra isso e julga-la não vai te ajudar porque são seus pensamentos e sentimentos que estão produzindo suas emoções.

Ser capaz de aceitar suas emoções e permitir que se movimentem dentro da sua mente e assim você será capaz de organiza-los e aprender mais sobre você mesmo, seus pensamentos e comportamentos e finalmente você não será mais uma vítima da situação emocional e social em estamos vivendo e seguir adiante com coragem, força e autoconhecimento.

Benefícios da prática de Mindfulness no dia-a-dia.

Mindfulness ou atenção plena de forma direta significa trazer de volta a atenção para o momento presente, mas sem julgar ou brigar com a realidade, ou seja, é aceitar o momento presente estando totalmente consciente e atento a ele.

Quando deixamos de dar atenção aos julgamentos que fazemos das situações e pessoas e focamos nossa atenção no momento presente, naturalmente nos tornamos mais atentos e menos ansiosos.

Naturalmente passamos um tempo considerável envolvidos em pensamentos, lembranças e fantasias, que muitas vezes nos atrapalha ao invés de nos auxiliar em alguma coisa, com a prática de Mindfulness diariamente você passará a ser capaz de criar mais espaço mental a fim de estar mais bem preparado para lidar com situações desagradáveis que acontecem na vida diária, conseguindo lidar com o estresse e poupando energia e melhorando sua saúde física e mental.

A prática no dia-a-dia da atenção plena permite uma melhor administração de emoções como a raiva e ressentimentos que são acompanhantes normais no desenvolvimento humano, que embora não desapareçam com a prática de Mindfulness costumamos aprender a evitar essas emoções, lidando com elas de maneira consciente e sem exageros.

Os praticantes de Mindfulness costumam ter a experiência de lidar com menos preocupações ligados ao passado e com o futuro, mantendo suas memórias e expectativas em seus lugares, estando cada vez mais atentas as situações que se vive aqui e agora, possibilitando com isso mais atenção e concentração e melhorando o foco nos objetivos sejam eles pessoais ou profissionais.

A impaciência pode ser considerada um sinal do desejo que sentimos de abandonar o presente e fugir para o futuro, com a prática diária de Mindfulness esse aspecto melhora muito, beneficiando diretamente o desenvolvimento das relações interpessoais com a calma e a tolerância.

Segundo estudos, pessoas que praticam Minduflnesse por um período de oito semanas em média experimentam um aumento na atividade do lado esquerdo do cérebro chamado de córtex cingulado anterior, o responsável por produzir e regular emoções positivas, o que consequentemente auxiliar na redução de crises de depressão e ansiedade, além de despertar um senso de espaço e percepção que nos permite ver claramente o que precisa ser feito na vida pessoal, familiar e profissional.

A Escolha Voar Alto é um time que acredita que existam diversos tipos de benefícios proporcionados pela pratica diária de Mindfulness e por isso orientamos e apoiamos que na sua rotina a atenção plena se torne um hábito capaz de te preparar para alcançar o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Como nossos pensamentos influenciam nossos comportamentos?

Antes de tudo é preciso explicar que a percepção e a maneira de interpretar uma situação esta absolutamente ligada às respostas emocionais de cada ser humano.  Para a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) as nossas emoções e nossos comportamentos são influenciados diretamente pela forma como interpretamos as situação e os pensamentos que temos a respeito dela e não apenas da situação isolada.  Esses pensamentos estão correlacionados aos tipos de crenças que cada indivíduo desenvolve desde a infância.

Mas o que são as crenças que cada um de nós internaliza ao longo da vida?

Ainda durante a infância nós começamos a desenvolver nossas crenças que são interpretações, ideias e esquemas sobre nós mesmos, o outro e o mundo em geral. Estas crenças configuram a forma que a criança tem de dar sentido ao seu mundo e ao ambiente em que está inserido. Elas costumam ser compreendidas de forma tão profunda que o indivíduo não consegue refletir sobre elas e acaba acreditando nelas como se fossem verdades absolutas e esquece-se de questiona-las, costumam aparecer com aquelas falas “sempre foi assim” ou “eu sempre fui assim”.

São essas formas de pensar e compreender o mundo que fazem com que cada ser humano tenha uma história de vida única, com aspectos íntimos e completamente diferentes de outras pessoas, inclusive daquelas que dividem com o indivíduo as mesmas situações. É a partir dessas interpretações e crenças que surgem às distorções cognitivas e esses três aspectos juntos forma a Tríade cognitiva.

É através da Tríada Cognitiva que a TCC trabalha os padrões de aprendizagem ligados às formas que consideram a si mesmo, suas expectativas e o futuro de uma forma extremamente pessoal, com tudo isso podemos compreender que o comportamento humano está diretamente influenciado por esta tríade, ou seja, interpretações muito negativas de si mesmo geram comportamentos auto-depreciativos, deprimentes, de baixa-estima e muitas vezes patológico, etc.

Mas como lidar com esses pensamentos?

Aqui vão cinco dicas básicas e simples para você colocar em prática, sempre que perceber a frequência de pensamentos e comportamentos disfuncionais para sua realidade diária;

1 – Registre seus pensamentos recorrentes diariamente.

2 – Faça uma lista de gratidão

3 – Exercite-se.

4 – Medite

5 – Faça terapia com um profissional especializado.

Lembre-se: Nem tudo o que você pensa e interpreta é real e elas influenciam diretamente seu comportamento.

Cinco dicas que podem te ajudar a desenvolver sua flexibilidade cognitiva.

A flexibilidade cognitiva é uma das principais ferramentas que determina como nus adaptamos as mais variadas mudanças e exposições ambientais que vivemos. Essa é uma habilidade pessoal que nos permite compreender que nada é fixo e as coisas podem e devem ser alteradas e adaptadas para acompanhar as mudanças no mercado de trabalho,  na ciência, na tecnologia, na política e na sua vida pessoal. Ou seja, aqueles que possuem mais flexibilidade cognitiva estarão melhores preparados para lidar com a evolução da humanidade.

Mas o que as pessoas de mente flexível têm diferente das mentes rígidas?

Segundo o Manual de Neurociência Comportamental (2016), se trata da habilidade de adaptar o comportamento em resposta a mudanças no ambiente. As pessoas com mente flexível são capazes de transitar em diferentes áreas de conhecimento, costumam ser curiosas e buscam o aprendizado como base para desenvolver e confirmar suas crenças. Elas são capazes de pensar e analisar diferentes conceitos, contextualizando-os e trazendo para mais próximo da sua realidade.

Com a evolução social e tecnológica a habilidade da flexibilidade cognitiva se tornou fundamental para lidar com o meio em que estamos inseridos hoje em dia que é cheio de incertezas, complexo e mutável o tempo todo. Ser capaz de virar a chave mental e mudar do pensamento criativo para o matemático, daí ao pensamento crítico e assim por diante significa que você certamente terá mais chances de entender a complexidade de cada situação e apresentar respostas e resultados mais diretivos e assertivos.

Agora que você compreende a importância de ser uma pessoa flexível, queremos dizer que é possível desenvolver essa habilidade e temos dicas simples que podem te auxiliar em mais essa evolução pessoal.

Dicas

  1. Desafie suas crenças: Lembre-se que nem sempre sua crença em relação ao outro e a vida é a mais correta, pode ser a mais correta para sua experiência de vida, mas e para o outro que tem outra história de aprendizagem, como seria? Busque conhecer para refletir.
  2. Conheça novas maneiras de pensar e novas pessoas: Quanto mais você ampliar suas redes de relacionamento, mais conhecerá diferentes ideias e formas de pensar que certamente vão te fazer repensar suas crenças e muitas vezes te fazer mudar, crescer, evoluir e melhorar como ser humano.
  3. Pratique o pensamento crítico: Sempre que alguém discordar de você, não tente convence-lo de que sua ideia é a mais correta, busque compreender POR QUE ele acredita que a dele é melhor e a partir daí tire novas conclusões a respeito do assunto, talvez você mude de ideia, talvez não, mas esteja aberto.
  4. Mude sua rotina: Aprenda a funcionar bem em horários diferentes, busque alternativas para tornar sua rotina mais produtiva e positiva.
  5. Busque novas experiências: Aprenda um esporte novo, faça um curso sobre algo diferente do habitual, mas que lhe interesse ou tente novos caminhos na hora de tomar decisões e perceba como é possível olhar o mundo de muitos outros ângulos e ainda aprender e ajudar o outro.

O que queremos dizer é que você não deve se acostumar com o mesmo aprendizado, a mesma rotina, os mesmos assuntos sempre, seu cérebro precisa experimentar novas experiências para se adaptar e desenvolver respostas cada vez mais eficientes e eficazes diante na vida pessoal e profissional. Isso vai te permitir ensinar ao seu cérebro como ser mais “diplomático” e ter mais “jogo de cintura” diante das mais variadas situações.